Camelôs cadastrados que não forem trabalhar perderão direito a vagas em shoppings de BH

Malú Damázio
mdamazio@hojeemdia.com.br
31/07/2017 às 12:42.
Atualizado em 15/11/2021 às 09:50
 (Lucas Prates)

(Lucas Prates)

Somente metade dos camelôs cadastrados pela prefeitura de Belo Horizonte para concorrer às vagas nos shoppings populares da cidade assinaram o termo de ingresso para garantir o trabalho nos centros de comércio. Dos 1.134, cerca de somente 558 procuraram o município para formalizar a atividade. Os demais terão até o dia 21 de agosto para manifestar interesse, caso contrário, serão excluídos do pleito por vagas. 

Segundo a secretária de políticas urbanas do município, Maria Caldas, quem desejar formalizar o trabalho de vendas deve procurar um posto de atendimento permanente da prefeitura no Shopping Uai, no centro da capital mineira. 

Apenas 300 camelôs formalizados estão trabalhando nos shoppings, conforme a secretária. Os demais, que não foram ocupar os postos até o momento, têm até o fim da semana para garantir a vaga. Caso não compareçam, perdem a prioridade e vão para o final da fila do sorteio de oportunidades nos centros de comércio popular. 

Os comerciantes passarão por novos sorteios. “Primeiro, nós vamos remanejar as pessoas dentro do próprio shopping, do primeiro para o segundo andar, depois, vamos levar para Venda Nova os que querem sair do Centro”, explicou Maria. 

Em seguida, a partir do dia 7, a secretaria sorteará as demais vagas para as 900 pessoas que procuraram o serviço em junho, mas que não exerciam atividade comprovada como camelô e não foram cadastradas previamente. “Nós vamos fazer uma investigação aprofundada e, os casos em que comprovarmos, eles poderão entrar no programa e participar das ofertas que a prefeitura vem fazendo”, reforçou a secretária. 

Pessoas com deficiência

Para os 151 comerciantes com deficiência registrados pela PBH, as regras são diferentes, já que o grupo pode permanecer nas ruas do Centro da capital. O edital de licitação e licenciamento do comércio, que formaliza a atividade, será aberto em 60 dias. 

No entanto, durante esse período, os vendedores poderão permanecer nas ruas do Hipercentro, desde que não trabalhem com preposto, ou seja, com uma pessoa que “auxilia” nas vendas. Por causa das dificuldades de mobilidade, a secretária garante que os agentes de fiscalização da prefeitura irão ajudá-los quando necessário. “Eles não poderão ter qualquer colega vendendo com eles ao lado da banca, a própria fiscalização irá tomar conta do que é deles. Não vamos permitir que sejam explorados por outras pessoas por serem deficientes”, afirmou. 

Nesta primeira etapa serão permitidas bancas de 80cm x 80cm. Mas Maria garante que a prefeitura se comprometeu a desenhar um mobiliário adaptado às dificuldades de cada um dos 151 comerciantes. “Vamos considerar as particularidades de cada tipo de deficiência para reduzir as dificuldades de permanência na rua de forma autônoma”, disse. A secretaria estuda também a possibilidade de ofertar crédito para que as pessoas com deficiência possam comprar o material de comércio. 

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