Evento será na Praça de Serviços da UFMG (Frederico Haikal/Hoje em Dia)
Após reunião realizada entre o Conselho Universitário da UFMG e os professores da instituição na noite dessa quinta-feira (17) a universidade informou nesta sexta (18) que ficou decidido que o calendário acadêmico do segundo semestre de 2016 só será discutido após o término da greve, que teve início no último dia 16.
Durante o encontro, os docentes apresentaram ao Conselho um documento pedindo a suspensão deste calendário com o objetivo de preservar o conteúdo das disciplinas. De acordo com o Sindicato de Professores de Universidades Federais de Belo Horizonte, Montes Claros e Ouro Branco, assim que as atividades fossem retomadas o cronograma das aulas seria adequado, podendo incluir dias de 2017.
Com base no Art. 55 do Regimento da Instituição, o Conselho Universitário da UFMG determinou “o adiamento da data de fechamento do diário de classe e, após o término dos movimentos, a discussão sobre o calendário acadêmico do segundo semestre de 2016 para aquelas unidades que tiveram suas atividades interrompidas”, divulgou em nota.
Também ficou estabelecido na reunião que seria formada uma comissão, composta por diretores, técnico-administrativos em educação, estudantes e representantes da Administração Central, que “intermediará o diálogo, avaliando as situações conflituosas e estabelecendo os serviços emergenciais e as prioridades a serem atendidas para que a Instituição não seja ainda mais prejudicada, uma vez que esses movimentos têm como objetivo precípuo a defesa da universidade pública e gratuita”.
CONTRA PEC DO TETO
Os educadores pararam de trabalhar nessa quarta-feira (16) e a paralisação segue até que a PEC 241/55 seja votada, de acordo com sindicato.
A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 55/2016 que limita os gastos públicos pelos próximos 20 anos foi encaminhada pelo Executivo ao Congresso Nacional e aprovada em dois turnos pela Câmara dos Deputados. No Senado, a Comissão de Constituição e Justiça aprovou, sem emendas, o relatório favorável à matéria, que segue para o plenário da Casa.
Em outubro, os líderes partidários do Senado definiram, em acordo com o presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), um calendário para a análise e votação da proposta. Pelo cronograma aprovado, a PEC deverá ser votada em primeiro turno no plenário em 29 de novembro e, em segundo turno, em 13 de dezembro. Se a matéria for aprovada dentro desse prazo, será promulgada em 15 de dezembro, último dia de trabalho no Senado antes do recesso parlamentar.
Também aderiram ao movimento contra a PEC os técnico-administrativos da UFMG, do Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (Cefet-MG), da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM) e do Instituto Federal de Minas Gerais (IFMG). Eles estão parados desde o dia 31 de outubro.
No Estado, estudantes acampados em várias escola engrossam o protesto contra a PEC.
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