Corpos de vítimas de acidente com helicóptero no Sul de MG podem estar debaixo de ferragens

Da Redação (*)
portal@hojeemdia.com.br
17/06/2018 às 20:36.
Atualizado em 10/11/2021 às 00:47
 (Divulgação / Corpo de Bombeiros)

(Divulgação / Corpo de Bombeiros)

Técnicos do Corpo de Bombeiros acreditam que as duas vítimas que estavam no helicóptero que caiu na cidade de Espírito Santo do Dourado, no Sul de Minas, no último sábado (16), podem estar debaixo das ferragens. A aeronave era tripulada pelo piloto, Luiz Gustavo Araujo Soares, e pelo empresário Márcio Bissoli, CEO do grupo de mineração Bauminas. Embora as mortes dos dois tenham sido confirmadas, os corpos ainda não foram localizados.

Após perícia realizada na tarde deste domingo (17), investigadores do Terceiro Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa III)  acreditam que a aeronave teria se chocado de frente com uma montanha e aberto uma cratera. A hipótese foi adotada a partir da análise da disposição dos destroços. 

Os bombeiros também retiraram do local, às margens da MG-179, as peças maiores do helicóptero, com o uso de equipamentos de tração e ferramentas hidráulicas. Os dois motores, o rotor principal e parte do painel foram removidos. 

O local está isolado pela polícia. Os trabalhos de busca pelos dois tripulantes da aeronave duraram até 19 horas e serão retomados nesta segunda (18), no início da manhã. 

Morte

Conforme os bombeiros, a esposa do piloto, Juliana Hipólito, que tem a mesma profissão do marido, acredita que a dupla possa ter saltado da aeronave antes da queda. Ela foi até o local do acidente neste domingo.

Ainda não há certeza sobre qual teria sido o procedimento adotado pelos tripulantes. No entanto, segundo o tenente Pedro Aihara, da sala de imprensa da corporação, a confirmação da morte dos dois homens se deu "pelo contexto da ocorrência, no qual é nula a possibilidade de sobrevivência". 

A confirmação por perícia, porém, só acontecerá quando os corpos ou restos mortais forem localizados.

Entenda

A aeronave, pertencente ao Banco Bradesco, deixou Nova Lima, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, com destino ao aeroporto de Congonhas, em São Paulo. Quatro passageiros estavam no plano de voo. No entanto, dois tripulantes desembarcaram antes do acidente. 

No último contato do piloto com a Central de Controle de Voo de Brasília, ele teria informado sobre problemas mecânicos e dificuldades para pouso. Em seguida, a vítima declarou emergência e avisou sobre a queda do helicótpero em uma mata. A aeronave explodiu ao tocar o solo: peças foram arremensadas por um raio de 150 metros. 

O helicóptero, modelo Agusta A109S fabricado em 2010, estava regular, conforme a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), já que o Certificado de Aeronavegabilidade (CA) é válido até junho de 2022. O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) - organização do Comando da Aeronáutica - assumiu a investigação técnica das causas do acidente.

(*) Com informações de Patrícia Santos Dumont

Compartilhar
Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por