Decisão sobre julgamento de cunhado de Ana Hickmann fica para dezembro

Malú Damázio
mdamazio@hojeemdia.com.br
20/10/2017 às 12:52.
Atualizado em 02/11/2021 às 23:19
 (Pedro Gontijo)

(Pedro Gontijo)

Uma nova audiência para decidir o destino de Gustavo Henrique Bello Correa, cunhado de Ana Hickmann que matou Rodrigo Pádua está marcada para 18 de dezembro. Nesta sexta-feira, foram ouvidos no Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) a apresentadora, a concunhada dela Giovana Oliveira, a mãe do réu, Maria Helena Correa, e o cabeleireiro de Ana. Após o término das oitivas (depoimentos), a Justiça decidirá se Gustavo será inocentado ou se irá a júri popular. 

Ele é réu por ter desferido três tiros na nuca de Rodrigo Pádua, um suposto fã da apresentadora, que invadiu o hotel em que ela estava hospedada em Belo Horizonte, em maio do ano passado, e a fez de refém, junto com a família. A defesa do acusado sustenta a tese de que ele teria matado o rapaz em legítima defesa. O Ministério Público, no entanto, acredita se tratar de um homicídio doloso, ou seja, quando há intenção de matar. 

Ao fim da audiência, Gustavo se defendeu e disse que não teve outra opção, na ocasião, senão atirar. "A gente não pode se arrepender daquilo que não teve opção. Não foi uma briga de bar, eu não estava dirigindo alcoolizado, não foi nada disso. Ou eu faria, ou eu não estaria aqui. Não tem arrependimento, tem tristeza de ter tirado uma vida, mas antes a dele do que a minha", afirmou.

Ana Hickmann reforçou que acredita que o cunhado será inocentado. "Acredito na Justiça e que isso vai ser provado. Ele agiu por legítima defesa e estamos contando como aconteceu". 

Trâmites

Faltam ainda duas testemunhas para serem ouvidas: um segurança do hotel e o irmão da vítima. Ambos faltaram à audiência de instrução nesta sexta, no Fórum Lafayette, na capita mineira. Após os depoimentos deles, Gustavo também conversará com a juíza Ámalin Aziz Sant’ana e com o promotor do MPMG Francisco Santiago. 

Também prestarão esclarecimentos o perito contratado pela defesa de Gustavo, que chegou a realizar a reconstrução da cena do crime, e um perito judicial, que emitrá um laudo com o parecer sobre o caso.

O advogado de Gustavo, Fernando José da Costa, lamentou que o réu esteja nessa situação. "Isso é legítima defesa, não é crime. Querer que ele, em fração de segundos, apertando o gatilho junto com a mão do psicopata, desfira um disparo, e não três, é evidentemente querer o improvável, o impossível", disse.

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