Nesta madrugada, um homem foi baleado em um táxi no Buritis e acabou preso por tentativa de suborno. Wilson Araujo dos Santos, 40 anos, apresentou mais de uma versão para os fatos e, por fim, ofereceu R$ 10 mil aos policiais para que eles identificassem e assassinassem a dupla apontada pela vítima como responsável pelos disparos.
Corretor de imóveis, Wilson primeiro atribuiu o atentado a um suposto desafeto que teria se sentido lesado por uma transação fechada pelo corretor. Wilson teria vendido uma fazenda na Bahia a um deputado por indicação deste desafeto, que agora lhe cobrava uma comissão de R$ 20 mil. Mesmo apontando até mesmo o nome do suspeito pelo atentado, horas depois mudou seu depoimento. Na nova versão, Wilson relatou que dois homens foram os responsáveis pelos disparos. Segundo ele, um teria cerca de 30 anos e o segundo menos de 18 anos.
O taxista Paulo Henrique de Oliveira Pedrosa, que conduzia Wilson, foi quem parou um carro da Polícia Militar para informar que seu passageiro havia sido baleado. Segundo a PM, Jonata Cordeiro Vieira, 34, que acompanhava o corretor no táxi, não quis acompanhar o encerramento da ocorrência com os policiais.
Suborno
A Polícia Militar informou que o corretor teve ferimentos leves na cabeça, onde a bala pegou de raspão. Já no Pronto-Socorro do Hospital João 23, Wilson pediu aos enfermeiros que o atendiam que o deixasse a sós com os policiais que conduziam a ocorrência. Neste momento, propôs que os policiais identificassem e matassem os suspeitos, oferecendo R$ 10 mil para que os policiais concluíssem o pedido.
Sem que soubesse, a conversa era gravada desde que um dos policiais, o aspirante Marco Aurélio Máximo, do 5º Batalhão de Polícia Militar, percebeu onde a vítima queria chegar. Após o atendimento, Wilson foi encaminhado à delegacia pelo crime de corrupção ativa.