Mais de 500 camelôs podem ficar fora do plano de ação da PBH

Malú Damázio
mdamazio@hojeemdia.com.br
03/07/2017 às 21:04.
Atualizado em 15/11/2021 às 09:22
 (LUCAS PRATES/HOJE EM DIA)

(LUCAS PRATES/HOJE EM DIA)

Quase metade dos camelôs identificados pela Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) pode ficar de fora da medida de reorganização do trabalho dos ambulantes, que os retira das ruas do hipercentro e os realoca em shoppings populares e feiras da capital.

Dos 1.137 vendedores, somente 600 compareceram ao Parque Municipal, na última semana, durante ação organizada pela Secretaria Municipal de Serviços Urbanos. Lá, todos tivera os dados confirmados pela administração pública. Apenas os que foram até o local serão contemplados pelo projeto que pretende disponibilizar cerca de 900 vagas em shoppings populares e 2 mil em feiras livres.

Ainda que tenham sido registrados anteriormente pela administração municipal, os 537 camelôs não devem ser atendidos. “Os que estão cadastrados podem nos procurar que nós vamos continuar o diálogo com eles. Para os que não participaram da pesquisa, esse cadastro terminou”, afirmou a secretária de Políticas Urbanas, Maria Caldas. 

Durante a força-tarefa organizada pela prefeitura entre segunda e quarta-feira da última semana, cerca de 900 pessoas foram até o local em busca de trabalho. “Nós recebemos essas pessoas em condição de desespero financeiro, procurando trabalho em situação similar à dos camelôs”, disse Maria Caldas. 

Ela explica que, caso as vagas para os ambulantes não sejam integralmente preenchidas, esses cidadãos poderão ser beneficiados pelo projeto de lei encaminhado ontem à Câmara Municipal.

O problema é que, enquanto o texto não for aprovado pelos vereadores, as pessoas seguem sem poder trabalhar.

A proposta foi debatida entre alguns parlamentares. Segundo o líder do governo na casa, o vereador Léo Burguês, a prefeitura pediu agilidade na votação. Porém, o projeto precisa passar por três comissões e ser aprovado em dois turnos. Se tiver emendas, o processo será ainda mais demorado. O vereador Pedro Patrus critica a forma como a prefeitura agiu. “O tempo foi curto”.

Questionada, a PBH informou que há mais de 90 dias os vendedores foram informados de que não poderiam ficar no hipercentro e reforçou a proibição em vigor. 

(Com Colaboração de Tatiana Lagoa)

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