Ouvidoria de polícia pede apuração de confronto entre a PM e manifestantes na UFMG

Da Redação
portal@hojeemdia.com.br
21/11/2016 às 17:46.
Atualizado em 15/11/2021 às 21:45

O ouvidor de Polícia do Estado, Paulo Alkmim, pediu a abertura de procedimento para apuração do confronto entre policiais militares e alunos da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) na última sexta-feira (18). O tumulto ocorreu quando estudantes manifestavam em frente ao campus Pampulha contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241/55.

Durante a ação da PM, os polícias usaram bombas de efeito moral para forçar a liberação da Avenida Antônio Carlos, bloqueada pelos manifestantes. Balas de borracha também foram disparadas contra os manifestantes que se dirigiam ao portão da universidade. Treze pessoas, que ficaram feridas, foram atendidas em um hospital da região e liberadas.

A assessoria de comunicação da Polícia Militar alega que o pedido de liberação da via foi negado, mesmo após “exaustivas negociações”, daí o uso de granadas de efeito moral. Quanto ao uso de balas de borracha, os policiais afirmam que foi uma resposta ao lançamento de paus, garrafas e pedras por parte dos estudantes.

Já os estudantes afirmam que o protesto ocorria pacificamente, negam ter atirado paus e pedras e dizem que não houve negociação. A Reitoria da UFMG emitiu uma nota de repúdio contra o que considerou “excesso de força na intervenção da PM para dispersar membros da comunidade universitária”.

Ao saber do ocorrido, o ouvidor de Polícia da Ouvidoria-Geral do Estado (OGE), Paulo Alkmim, entrou em contato com o Secretário de Direitos Humanos, Participação Social e Cidadania, Nilmário Miranda, que enviou o relatório de acompanhamento de conflito entre a PMMG e o movimento de ocupação das escolas. Alkmim também conversou com o Pró-Reitor de Assuntos Estudantis Tarcísio Vago e se colocou à disposição para atender na Ouvidoria-Geral do Estado os estudantes que foram feridos.

Paulo Alkimim pediu a apuração dos policiais envolvidos não só à Corregedoria, como também à Promotoria de Direitos Humanos. Segundo o ouvidor, o confronto é preocupante: “Deve ser preservado o livre direito à manifestação. O ato não se coaduna com os princípios da democracia”, disse.

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