(Lucas Prates)
A sucessão de estragos causados pelas chuvas nos últimos cinco meses em BH levou a prefeitura a decretar, novamente, estado de emergência na capital. A última vez em que o município precisou recorrer a esse instrumento para solicitar ajuda financeira do governo federal foi em dezembro de 2016.
Nas últimas semanas, o belo-horizontino assistiu cenas cinematográficas do poder de destruição das tempestades. Diversas regiões da cidade registraram alagamentos de grandes proporções, com dezenas de veículos arrastados e imóveis invadidos pela água.
O secretário municipal de Obras e Infraestrutura, Josué Valadão, afirma que o sistema de drenagem da cidade foi insuficiente para o volume de chuva dos últimos dias. “Na sexta-feira, por exemplo, tivemos a precipitação de 30 milímetros em dez minutos, o que acontece muito raramente”.
Além dos recursos emergenciais que estão sendo pleiteados junto ao Ministério da Integração, um plano de trabalho será apresentado ao Ministério das Cidades nas próximas duas semanas. O objetivo é aprovar verbas para grandes obras de infraestrutura.
Uma das prioridades é a intervenção no córrego Cachoeirinha, na avenida Bernardo Vasconcelos, região Nordeste da cidade, que chegou a transbordar no fim de fevereiro. O serviço demandaria investimentos de cerca de R$ 140 milhões, segundo estimativas do secretário.
“Temos obras de drenagem que serão licitadas para o córrego da Pampulha, incluindo a região da avenida Cristiano Machado, além de intervenções na bacia do Isidoro e do Arrudas”, acrescenta Valadão.
Em execução
Além dos valores que estão sendo solicitados, a prefeitura afirma que já investe em melhorias pontuais. Dentre as ações estão trabalhos de infraestrutura de pequeno porte. O valor empregado neste ano será de R$ 12 milhões.