Os servidores públicos municipais de Belo Horizonte decidiram aderir somente à greve geral nacional, marcada para o dia 28, contra as reformas trabalhista, previdenciária e contra a terceirização. Em assembleia realizada nesta quarta-feira (12), em que seria votada também a possibilidade de greve a partir da próxima segunda-feira (17), a categoria optou por manter as atividades e seguir apenas a paralisação nacional no fim do mês.
“Nós decidimos aderir à greve porque as reformas tiram os direitos adquiridos dos trabalhadores, fragilizam as relações de trabalho e inviabilizam a aposentadoria”, explica o presidente do Sindibel (Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Belo Horizonte), Israel Arimar. Segundo o representante da categoria, os funcionários seguirão com as negociações da campanha salarial com a prefeitura até a próxima assembleia, no dia 9 de maio.
Campanha salarial
O Sindibel afirmou, em nota, que a administração municipal não apresentou proposta de reajuste dos salários em reunião com o secretário de Planejamento, Orçamento e Informação do município, André Abreu Reis, e com a secretária adjunta de Recursos Humanos Fernanda Siqueira Neves, na última sexta-feira (7). No entanto, foi acordado o pagamento de progressões por escolaridade e a retomada do pagamento das férias-prêmio.
Por isso, os servidores decidiram aguardar uma resposta da prefeitura. “Nossa reivindicação principal é a recomposição das perdas inflacionárias nos salários. Já encaminhamos a pauta e a prefeitura disse que a administração está analisando a arrecadação do município, mas eles disseram que só poderão apresentar esse dado em julho”, explica o presidente do sindicato.
Conforme Israel, o sindicato propõe que a prefeitura apresente os números sobre a arrecadação ainda este mês. “Vamos tentar dialogar diretamente com eles, por isso não paramos agora. Se não houver mudança de posicionamento, vamos decidir sobre a greve em maio, na próxima assembleia”, disse.