União, benção e renovação de votos no Mineirinho

Malu Damazio
mdamazio@hojeemdia.com.br
29/03/2018 às 20:43.
Atualizado em 03/11/2021 às 02:05
 (Maurício Vieira)

(Maurício Vieira)

Para muitos mineiros, a Semana Santa é um momento para renascer e aflorar as tradições de fé e religiosidade. Para se ambientar desde cedo aos hábitos da família católica, Maria Paula Souza Silva, de 8 anos, acompanhou ontem a avó na 97ª Missa da Unidade, no Mineirinho, na Pampulha, em Belo Horizonte.

Mais de 10 mil pessoas marcaram presença na celebração. Enquanto Maria Paula participava pela primeira vez da cerimônia, a avó, Rita Gonçalves de Souza, de 70, já perdeu a conta de quantas vezes esteve no culto. “Acho importante passarmos a fé adiante”, afirma Rita, que é ministra da paróquia Nossa Senhora da Boa Nova, em Ribeirão das Neves. 

A celebração no Mineirinho reuniu crianças, jovens e adultos das 28 cidades que compõem a Arquidiocese da capital. Há 15 anos, a cerimonialista Maria Lúcia Teixeira, de 56, aproveita a missa para acompanhar a bênção dos santos óleos, utilizados pelas paróquias nos sacramentos do Batismo, Crisma e Unção dos Enfermos.

Ela explica que o principal objetivo é ver a consagração do óleo da Crisma, empregado para confirmar a entrada dos jovens no catolicismo. “Temos que renovar a igreja para seguirmos no bom caminho”, afirma Maria Lúcia.
O arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, dom Walmor Oliveira de Azevedo, convocou o público a promover o respeito ao próximo, diante de um cenário de tensões políticas em um ano eleitoral.

“O grande convite é que nós nos respeitemos mutuamente e possamos discutir as questões ideológicas e políticas com cidadania, buscando sempre o melhor para toda a sociedade”, afirma.

Iniciação

Embora a Missa da Unidade aconteça há quase cem anos, sendo 38 deles no Mineirinho, muitos católicos nunca tiveram a oportunidade de acompanhar a cerimônia. Até 2017, a copeira Maristela Leandro Martins, de 62 anos, assistiu religiosamente o culto pela televisão, durante o trabalho.

Mas, com a chegada da aposentadoria neste ano, ela pôde, finalmente, ver de perto a missa. “É tão bonita. Sempre tive vontade de vir e nunca pude, mas agora que aposentei fiz questão de acompanhar. É uma oportunidade de agradecer”, conta Maristela Martins.Maurício Vieira / N/A

Missa reuniu fiéis das 28 cidades que compõem a arquidiocese de BH

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