A Fundação de Parques Municipais de Belo Horizonte solicitou à Guarda Municipal a permanência de um agente no mirante do bairro Mangabeiras enquanto o local estiver aberto à visitação – de terça-feira a domingo, das 10h às 22h. Na noite da última segunda (22), porém, o comandante do órgão responsável pela segurança patrimonial descartou a possibilidade.

“Não posso deixar um guarda igual samambaia, inoperante, enquanto há outras demandas no parque”, afirmou o coronel Ricardo Belione. Depois da reforma de R$ 807 mil, o mirante foi incorporado à área da reserva.

No fim de semana de reabertura do mirante, cabos de aço do parapeito de segurança dos deques foram removidos e peças de encaixe sumiram. Técnicos estiveram ontem no local para instalar porcas e evitar a retirada dos cabos. “A medida é paliativa, mas mandamos fazer porcas específicas e reforçadas para evitar que as pessoas consigam desenroscar a proteção de aço”, afirmou o presidente da Fundação de Parques Municipais, Homero Brasil.

A segurança do mirante, que ganhou uma portaria para controlar o acesso, é feita pela equipe de guardas municipais que patrulha toda a reserva do Mangabeiras. “Solicitamos vigilância fixa nas 12 horas de funcionamento do mirante e aguardamos uma resposta”, disse Brasil, à tarde. Ele não foi localizado ontem à noite para falar sobre a decisão do coronel Belione.

Prejuízos

Além dos cabos, a maçaneta da porta do banheiro feminino também foi danificada, três horas após a inauguração do mirante. “Trata-se da falta de educação de alguns que prejudica a todos”, afirmou o presidente da fundação.

Depredações são comuns em outras áreas verdes da capital. No Parque da Serra do Curral, as cercas são refeitas toda semana depois de serem arrancadas por “visitantes”.

Nos parques dos bairros Buritis, Tirol e no Burle Marx, os alvos são portas e janelas de vidros. Na Barragem Santa Lúcia, brinquedos infantis em construção foram incendiados.

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