Compra de votos leva à cassação do prefeito de Piumhi

Hoje em Dia*
13/08/2015 às 17:43.
Atualizado em 17/11/2021 às 01:20

Doação de lotes e de material de construção a eleitores resultaram na cassação do mandato de Wilson Marega Craide, prefeito de Piumhí, na região Centro-Oeste de Minas, por compra de votos nas eleições municipais de 2012. A sentença foi proferida em 8 de agosto, mas a decisão ainda não foi cumprida até esta quinta-feira (13).   A sentença de primeira instância e determinou a posse do segundo colocado nas eleições municipais de 2012, Adeberto Melo. Ainda cabe recurso a decisão.   Segundo a ação proposta pelo Ministério Público Eleitoral em Piumhí, ficou comprovado que os então candidatos a prefeito e vice fizeram várias promessas de doações de bens a eleitores em troca de voto. As ofertas eram feitas inclusive por meio de telefonemas, além de terem sido relatadas por diversas testemunhas.   Conforme o MP, Na busca e apreensão autorizada pelo juízo eleitoral no comitê dos candidatos, foram encontrados papéis com o nome de eleitores, endereços, telefones, alguns registrados com a letra L circulada e outros registrados com a palavra Lote. Foram encontrados também registros indicando a doação de valores destinados ao pagamento de passagens de eleitores que residiam fora da comarca.   Esse é o segundo processo de cassação proposto pelo Ministério Público contra o prefeito de Piumhi. No primeiro, ele foi condenado por abuso de poder econômico e gastos ilícitos na campanha, no valor de R$ 103.294,24. A sentença foi confirmada pelo TRE-MG, mas o TSE reverteu a cassação em março de 2015.   Wilson Marega Craide foi eleito em 2012 com 7.968 votos (40,16%), apenas 166 a mais do que o segundo colocado, Adeberto José de Melo.    A reportagem não conseguiu contato com o prefeito ou a assessoria de impresa dele para comentar o caso.   (* Com MPF)

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