Compra e venda de imóveis resistem à crise

Da Redação
horizontes@hojeemdia.com.br
30/08/2016 às 19:46.
Atualizado em 15/11/2021 às 20:37
 (Lucas Prates)

(Lucas Prates)

A crise econômica não poupou o mercado imobiliário, mas especialistas da área garantem que o impacto da recessão foi menor em Contagem. Preços mais acessíveis e a isenção do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) são considerados atrativos para novos moradores, estejam eles interessados em comprar um teto ou em pagar aluguel. 

O cenário nacional trouxe outra peculiaridade: a limitação do financiamento bancário para moradia faz despontarem as permutas. 

“Ou seja, parte do pagamento do imóvel que está sendo adquirido é a casa ou o apartamento atual do comprador. Com poucos recursos e o crédito imobiliário reduzido, o jeito é oferecer bens como entrada. Cerca de 90% das transações em Contagem estão sendo assim. Vivemos um novo mercado”, diz Leandro Barroso, vice-presidente da Rede Netimóveis na cidade. 

Em Contagem, um dos bairros mais procurados é o Eldorado, considerado uma “cidade dentro da cidade”. Há imóveis disponíveis, mas o metro quadrado na região é o mais caro do município. Lucas PratesUM DOS QUERIDINHOS - Lançamento de shopping alavancou o crescimento do bairro Cabral

Outras áreas, porém, também atraem moradores, como Cabral, Maracanã, Bela Vista, Linda Vista e Bernardo Monteiro. “São (bairros) periféricos, mas com valores mais acessíveis”, diz Leandro. De acordo com o índice Fipezap, o metro quadrado no Cabral, por exemplo, custa em média R$ 3.734. Já no Maracanã, R$ 3.017.

Entraves

Apesar da procura, o vice-presidente de Comunicação do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais (Sinduscon-MG), Evandro Veiga Negrão de Lima Junior, afirma que Contagem poderia ser mais bem adensada. 

“Não acontece porque metade da cidade não pode ser usada para residências multifamiliares, por conta de bacias hidrográficas, por exemplo. Uma das saídas é um novo plano diretor para o município”.

O metro quadrado de um apartamento no Eldorado custa cerca de R$ 4.200, segundo o índice Fipezap

A desburocratização na aprovação de projetos de empreendimentos imobiliários também é defendida por Evandro Veiga. Ele cita o modelo adotado recentemente por Belo Horizonte, que encurtou o prazo para a emissão de alvará. “Com o programa, o construtor consegue a aprovação em poucos dias. A medida é viável”, avalia.


 

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