Conselho quer ajuda do MPMG para impedir retirada de capivaras da Pampulha

Da Redação
portal@hojeemdia.com.br
18/10/2016 às 16:05.
Atualizado em 15/11/2021 às 21:16
 (Wesley Rodrigues)

(Wesley Rodrigues)

O Conselho Municipal de Saúde de Belo Horizonte (CMS-BH) decidiu pedir auxílio ao Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) para intervir contra a retirada das capivaras no entorno da Lagoa da Pampulha. A medida é uma resposta à determinação do desembargador federal Souza Prudente, da 5ª Turma do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), de Brasília, que exigiu o isolamento dos animais. Para o Conselho, a saída dos roedores pode fazer com que os carrapatos procurem outros hospedeiros, como cães, gatos e o próprio homem.

Em reunião promovida pela Câmara Técnica de Saneamento e Políticas Intersetoriais (CTSPI) do Conselho nesta terça-feira (18) com pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e representantes do Conselho Estadual de Saúde (CESMG), da Secretaria Municipal de Saúde (SMSA) e da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SMMA), ficou entendido que a medida não vai resolver o problema da infestação dos carrapatos-estrela, responsáveis pela transmissão da febre maculosa. 

O pedido de ajuda ao MPMG será realizado devido ao fato de a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) ter acatado a decisão do desembargador de retirar as capivaras. Nesta segunda-feira (17), a administração municipal finalizou o Termo de Referência para contratação da empresa escolhida para realizar o confinamento e o manejo dos animais. A PBH informou que ainda não tem uma data definida para realizar o recolhimento dos roedores.

Ao todo, na reunião, as equipes definiram três medidas que pretendem tomar para solucionar o caso. Além do pedido de auxílio que será encaminhado ao Ministério Público, também ficou estabelecido a realização de um seminário sobre as estratégias de controle e combate a febre maculosa, previsto para o dia 30 de novembro na sede do CMS-BH, com convite para participação de representantes das universidades, especialistas em animais, Ministério Público, Meio Ambiente, IBAMA e representantes da próxima gestão da PBH. Eles também decidiram por tentar uma nova reunião com a Associação de Moradores que entrou com o pedido judicial de retirada das capivaras, uma vez que nenhum representante compareceu à reunião desta terça-feira (18).

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