Corpo de mulher suspeita de matar filhas é sepultado; crianças são veladas em Monlevade

Hoje em Dia
12/01/2015 às 19:20.
Atualizado em 18/11/2021 às 05:39

As crianças que teriam sido assassinadas pela mãe, em Itabira, na região Central de Minas Gerais, serão sepultadas nesta terça-feira (13). O enterro está marcado para acontecer no cemitério de João Monlevade, na mesma região. Nesta segunda-feira (12), as meninas serão veladas, a partir das 20h, na cidade.   O corpo de Ana Flávia Marques Teixeira foi sepultado às 18h, em Barão de Cocais, também na região Central do Estado. Ela é a principal suspeita de cometer o duplo homicídio no domingo (11), em um motel de Itabira. Após o crime, a mulher se matou.   Segundo o laudo da necropsia, Anna Sofia Marques Teixeira, de 10 meses, e Maria Fernanda Marques Teixeira Batista, de 4 anos, morreram por asfixia. Elas não foram esganadas e não possuem marcas no pescoço que indique o enforcamento. A PC acredita que a Ana Flávia teria usado um objeto macio, como travesseiro, para asfixiar as filhas.   A mulher foi encontrada enforcada e pendurada em um suporte de toalha. No quarto, os peritos acharam uma seringa, mas sem agulha. A perícia também encontrou no carro da suspeita um vidro do medicamento Clonazepam (calmante), de solução oral. Um exame toxicológico foi pedido com o intuito de descobrir se Ana Flávia injetou o medicamento nas meninas.   O crime   A tragédia foi descoberta, no domingo (11), após funcionários do motel, localizado em Itabira, chamarem pela vítima no quarto. Como a mulher não atendeu ao chamado, a chave reserva foi usada para abrir o espaço. Por debaixo da porta, os funcionários viram um pé roxo. Ao entrar no quarto, as crianças estavam sem vida sobre a cama e Ana Flávia estava enforcada e pendurada em um suporte de toalha.   No quarto do estabelecimento, além das vítimas, peritos encontram um bilhete com os dizeres: "Meu ex-marido acabou com minha vida e das minhas filhas". Um áudio também foi encontrado pela Polícia Civil, no qual Ana Flávia diz que sofreu ameaças do pai de uma das filhas e que foi prejudicada por influência da família dela e do ex-companheiro. “E gente, não tenha dúvidas que eu amo as minhas filhas. O **** (pai) acabou com a minha vida. A família dele acabou com a minha vida. Eu recebia ameaças o tempo inteiro. Que eles iriam colocar minhas famílias contra mim”, afirmou no áudio.   A motivação do crime está sendo investigada pela Polícia Civil, mas as apurações indicam que a mulher havia se separado recentemente e perdido a guarda da filha mais nova. Desde dezembro, ela estava desaparecida com as crianças. Por isso, a polícia acredita em crime passional.   O caso é investigado pelo delegado Juliano Alencar, da Delegacia de Homicídios de Itabira.

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