Correndo atrás do prejuízo

Raquel Ramos - Hoje em Dia
24/01/2015 às 07:44.
Atualizado em 18/11/2021 às 05:46

A maior crise hídrica da história de Minas Gerais levou o governador Fernando Pimentel a anunciar, na última sexta-feira (23), medidas mais efetivas para contornar a escassez de água no Estado. A situação é tão crítica que, em um mês tradicionalmente chuvoso, 63 municípios mineiros já fazem rodízio ou racionamento de água.
“A primeira providência consiste na captação de água do Rio Paraopeba, reforçando o reservatório do Rio Manso. Identificamos a possibilidade de utilizar uma Parceria Público-Privada (PPP), já existente, para isso”, informou Pimentel. A proposta é construir uma adutora, de aproximadamente quatro quilômetros, que “transferiria” quatro mil metros cúbicos de água por segundo.
O secretário estadual de Obras e Infraestrutura, Murilo Valadares, informou que a obra deve ser realizada ainda em 2015. “Faremos todo o esforço para manter este prazo. Até porque, existe o risco de não chover em outubro. Nesse caso, vai secar em dezembro”, ressaltou.
O governador também pretende criar uma força-tarefa com secretários, responsável por coordenar programas de construção de pequenas barragens e bacias hidrográficas, em várias regiões do Estado.
Novo Sistema
Apenas essas ações, no entanto, não conseguiriam resolver, definitivamente, o problema da seca em Minas. Para isso, Pimentel quer estudar um novo sistema de abastecimento para BH. A ideia é captar água da região de Jaboticatubas e da Serra do Cipó.
No entanto, pode levar vários anos até que o projeto saia do papel. Para exemplificar, Pimentel informou que o sistema de abastecimento da Região Metropolitana foi projetado na década de 1970. Apenas nos anos 1990, a estrutura foi concluída.
“Acreditava-se que o sistema duraria 30 anos. Estamos na metade desse período e já há sinais de esgotamento. É preciso pensar em outro que complemente esse já existente”.   Recursos
O governador Fernando Pimentel (PT) se reunirá com a presidente Dilma Rousseff (PT), na semana que vem, para pedir financiamento dessas obras. Ainda não há previsão de quanto dinheiro seria necessário.
“Estamos em uma estiagem prolongada, de dois a três anos, e nada indica que isso mudará em curto prazo. Em meados do ano passado, os gráficos já evidenciavam a gravidade da situação. No entanto, as providências não foram tomadas”, criticou Pimentel.
Segundo um dos líderes do PSDB na Assembleia, João Leite, “nunca se investiu tanto em saneamento e em abastecimento como na gestão estadual passada”.
(Colaborou Patricia Scofield)

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