Após 112 dias de greve, alunos do curso de filosofia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) voltam, nesta quarta-feira (5), às salas de aula. Gradativamente, professores de outras graduações também vinham retomando as atividades. A informação foi confirmada pela própria universidade e pelo Sindicato de Professores de Universidades Federais de Belo Horizonte e Montes Claros (APUBH).

Os primeiros professores a desistirem da greve foram os do curso de história, que há duas semanas lecionam normalmente. Dos 75 cursos de graduação oferecidos na UFMG, nove (12%) estão com as atividades em andamento, parcial ou totalmente.

A universidade não informou como será o calendário de reposição. De modo geral, as aulas deste semestre devem avançar pelos primeiros meses de 2013. O reitor da UFMG, Clélio Campolina, que poderia dar detalhes sobre o assunto, não estava disponível para entrevista até o fechamento desta edição.

Na Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas (Fafich), os estudantes de gestão pública voltaram a ter aulas na última segunda-feira. Nos cursos de antropologia e ciências sociais, o retorno às atividades está previsto para a próxima semana. Segundo a assessoria de imprensa da UFMG, os acadêmicos estão sendo informados sobre o retorno das atividades via e-mail.

ICEX

Atendendo a pedidos de professores de ciências da computação, estatística, física e matemática, o Instituto de Ciências Exatas (Icex) da UFMG divulgou, na última terça-feira (4), um comunicado avisando que viabilizaria a normalização das aulas nesses cursos.

Segundo a nota, a diretoria do instituto “tem tomado todas as medidas para que os professores que desejarem dar aulas possam fazê-lo a partir da próxima segunda-feira”.

Embora as atividades estejam sendo normalizadas, o sindicato da categoria nega que a greve tenha acabado. De acordo com a entidade, está marcada para às 14h desta quarta-feira (5) uma nova assembleia, que definirá os rumos da paralisação.

Reposição

O bombeiro Lucinei Araújo, de 32 anos, aluno do 8º período do curso de filosofia, comemora a volta às aulas, mas lamenta uma greve tão longa. “Isso vai comprometer o mês de dezembro. Por outro lado, é um alívio retomar os estudos”, diz.

Segundo Araújo, a Faculdade de Filosofia, em assembleia na segunda-feira, informou aos alunos que as aulas do curso deveriam ser estendidas até 21 de dezembro. (Com Patrícia Santos Dumont).

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