Defesa de Bruno aguarda decisão para regime semiaberto nesta semana

Gabriela Sales
Hoje em Dia - Belo Horizonte
16/05/2017 às 12:14.
Atualizado em 15/11/2021 às 14:34

 A defesa do goleiro Bruno Fernandes, de 32 anos, aguarda o parecer da Justiça a respeito do pedido de progressão de pena para o regime semiaberto. A expectativa é a de que o mérito seja julgado ainda esta semana. “Entreguei o pedido ao judiciário na semana passada e acredito que até o início da semana que vem tenhamos um retorno”, explica o advogado do atleta, Lúcio Adolfo.

Para o defensor, Bruno teria os requisitos para que o pedido seja atendido. “Ele tem residência fixa no Sul de Minas e está empregado. O que pedimos é que ele consiga exercer o direito de trabalhar e que ele possa aguardar o julgamento dos méritos dos recursos em liberdade”, reforça o advogado.

Atualmente, o jogador está preso em Varginha, onde também estava jogando pelo Boa Esporte Clube. No dia 25 de abril, o Supremo Tribunal Federal (STF) suspendeu a liminar que concedia a liberdade a ele. Segundo o advogado, Bruno Fernandes ainda tem esperança de voltar aos campos. Por enquanto, o contrato com o clube está suspenso. 

Relembre

O jogador é apontado como autor do assassinato de Eliza Samúdio, com quem teve um relacionamento e um filho. Ela desapareceu em 2010, aos 25 anos, e foi considerada morta pela Justiça. O corpo nunca foi encontrado. Na época, o goleiro atuava no Flamengo. 

Em 2013, ele foi condenado a 22 anos e três meses pelos crimes de homicídio triplamente qualificado, sequestro e ocultação de cadáver. O amigo Luiz Henrique Romão, conhecido como Macarrão, também foi condenado.

Em fevereiro deste ano, o ministro do STF, Marco Aurélio Mello, concedeu uma liminar determinando a soltura de Bruno para que pudesse recorrer em liberdade. Mello destacou que ele já somava seis anos e sete meses de prisão sem que tivesse sido condenado em segunda instância.

Porém, ao derrubar a liminar, a Primeira Turma do STF considerou que a soltura de Bruno vai contra a decisão soberana do júri popular, que negou ao goleiro o direito de recorrer de sua condenação em liberdade. 

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