Defesa pede transferência de "Macarrão" para Apac de Itaúna

Hoje em Dia
30/09/2015 às 18:14.
Atualizado em 17/11/2021 às 01:54
 (Flávio Tavares)

(Flávio Tavares)

A defesa de Luiz Henrique Ferreira Romão, o "Macarrão", pediu a transferência do condenado por matar a modelo Eliza Samudio para a Associação de Proteção e Assistência ao Condenado (Apac). Atualmente, o ex-braço direito do goleiro Bruno Fernandes cumpre pena na Penitenciária de Segurança Máxima Nelson Hungria, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.

Conforme o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), o advogado de "Macarrão" procurou o órgão na terça-feira (29) solicitando a mudança do preso para a Apac de Itaúna, na região Centro-Oeste de Minas.

O processo, de acordo com a Justiça, vai ser encaminhado para o Ministério Público (MP) para emissão de parecer. Na sequência, volta para o juiz da Vara de Execuções, que analisa o parecer e manda para a comarca de Itaúna. O juiz do município, então, avalia o pedido e dá o despacho, deferindo ou indeferindo o pedido.

Desde setembro deste ano, o goleiro Bruno cumpre pena no Centro de Reintegração Social (CRS) da Associação de Proteção e Assistência ao Condenado (Apac) de Santa Luzia, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. O goleiro continua no regime fechado e não poderá realizar nenhuma atividade externa.

Método Apac

O método APAC tem como principais características a humanização no cumprimento da pena, a forte presença do voluntariado, o envolvimento das famílias de presos no processo de reintegração do mesmo à sociedade, a recuperação do condenado calcada no arrependimento e no propósito individual de se emendar, bem como a participação dos condenados nos serviços de segurança, limpeza e administração dos Centros de Reintegração Social.

O método foi criado em São José dos Campos na década de 80, mas só ganhou amplitude em Minas. A primeira experiência no Estado foi implantada em 1986, em Itaúna. O local hoje é reconhecido nacionalmente como modelo na recuperação de condenados.

O Governo de Minas atualmente custeia 33 Centros de Reintegração Social (CRS). O método APAC em Minas é desenvolvido em parceria com o Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais e a Fraternidade Brasileira de Assistência aos Condenados (Fbac).

 

Condenações
 
O goleiro Bruno Fernandes foi condenado no dia 8 de março de 2013 a 22 anos e três meses pelo homicídio e ocultação de cadáver de sua ex-amante Eliza Samudio e pelo sequestro e cárcere privado de seu filho, o "Bruninho". Os crimes aconteceram em junho de 2010 e o atleta foi apontado como o mandante.
 
Além dele, outros réus envolvidos no crime foram julgados. O ex-braço direito de Bruno, Luiz Henrique Ferreira Romão, o "Macarrão", foi condenado a 15 anos prisão por homicídio, sequestro e cárcere privado de Eliza Samudio. Já da acusação de ocultação de cadáver o réu foi absolvido.
 
Já a ex-namorada do goleiro, Fernanda Gomes de Souza foi condenada a cinco anos de prisão em regime aberto pelo crime de sequestro e cárcere privado de Eliza, enquanto a ex-mulher de Bruno, Dayanne Rodrigues, foi absolvida das acusações de sequestro de "Bruninho".
 
O ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o "Bola", foi condenado por homicídio e ocultação de cadáver. Além dele, também foram julgados o caseiro Elenilson Vitor da Silva e o motorista do atleta na época, Wemerson Marques de Souza, o “Coxinha”.

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