(Eugênio Moraes/Arquivo)
O julgamento dos seis torcedores atleticanos acusados de matar o cruzeirense Otávio Fernades, em novembro de 2010, foi cancelado, na manhã desta terça-feira (13). O cancelamento foi a pedido da defesa, alegando que um dos vídeos que foram exibidos não havia sido anexado aos autos. Além disso, a defesa também questionou as imagens gravadas pelas câmeras de segurança do Chevrolet Hall, dizendo que elas não foram exibidas durante o começo do julgamento.
A sessão estava marcada para o 2º Tribunal do Júri do Fórum Lafayette, em Belo Horizonte, a partir das 8h30. O julgamento seria conduzido pelo juiz Glauco Eduardo Soares Fernandes. O promotor Francisco de Assis Santiago iria representar o Ministério Público. A nova data para a análise do caso está prevista para o dia 30 de janeiro.
Cláudio Henrique Souza Araújo, o Macalé, Marcos Vinícius Oliveira de Melo, o Vinicin, e João Paulo Celestino Souza seriam julgados por homicídio qualificado, tentativa de homicídio e formação de quadrilha. Na sentença de pronúncia, publicada em abril deste ano, o juiz manteve a prisão preventiva deles.
Já Eduardo Douglas Ribeiro Jesus, Josimar Júnior de Souza Bastos e Windsor Luciado Duarte Serafim responderão por formação de quadrilha. Como os crimes foram cometidos junto com o homicídio, eles também serão julgados pelo júri popular. O trio aguarda o julgamento em liberdade.
O presidente da torcida organizada Roberto Augusto Pereira, o Bocão, e o vice-presidente, Willian Tomaz Palumbo, o Ferrugem, e Diego Alves Ribeiro respondem por homicídio qualificado, tentativa de homicídio e formação de quadrilha. Como o processo foi desmembrado e eles serão julgados posteriormente. Também não há data de julgamento de Wellerson Tadeu Gomes e Carlos Eduardo Vieira dos Sanos, que respondem por formação de quadrilha.
O crime
No dia 27 de novembro de 2010, Otávio Fernandes, de 19 anos, e outros torcedores do Cruzeiro foram cercados por integrantes da Galoucura, na avenida Nossa Senhora do Carmo, no bairro São Pedro, Região Centro-Sul de Belo Horizonte.
Os cruzeirenses conseguiram correr, mas Otávio foi espancado até a morte por, pelo menos, 12 atleticanos. Acontecia um evento de luta em uma casa que fica próximo ao local do assassinato. Câmeras de vigilância registraram o fato e a crueldade dos torcedores alvinegros.