Delegado é indiciado por morte de jovem, continua preso e deve ser expulso da Polícia Civil

Carlos Calaes - Hoje em Dia
10/06/2013 às 19:19.
Atualizado em 20/11/2021 às 19:00

O delegado Geraldo do Amaral Toledo Neto, de 40 anos, foi indiciado nesta segunda-feira (10) formalmente pela Corregedoria Geral da Polícia Civil (CGPC), como autor da morte da adolescente Amanda Linhares, de 17 anos. Amanda foi baleada na cabeça no dia 14 de abril, em Ouro Preto, na região Central do Estado, durante uma briga com o policial.   Segundo a delegada-corregedora Águeda Bueno, responsável pelas investigações, Toledo foi indiciado pelos crimes de homicídio consumado qualificado e  fraude processual - destruir provas e dificultar as investigações. Nesta segunda, a delegada informou que esteve em Outro Preto, quando entregou o inquérito à juíza Lúcia de Fátima Magalhães. Na oportunidade, a delegada requereu a conversão da prisão temporária do Toledo em preventiva. Ele está preso na Casa de Custódia o Policial Civil, no Bairro Horto, Leste de BH.   No inquérito de 1.478 páginas, foram ouvidas 50 pessoas, realizadas 20 perícias criminais e médico-legal e a quebrados sigilo de 13 linhas telefônicas - três de Toledo, duas da vítima e cinco de outras testemunhas. Também foram cumpridos nove mandados judiciais de busca e apreensão. A delegada disse que, por transgressões graves passíveis de destituição de cargo, o delegado Toledo será alvo de um processo administrativo interno na Polícia Civil e poderá ser expulso da corporação.   Após ficar em coma durante 51 dias, a jovem morreu no último dia 3 no HPS. Toledo sempre negou o crime, sob alegação que a jovem tentou suicídio, mas, segundo a delegada-corregedora, as provas de que ele atirou em Amanda são “irrefutáveis”.

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