Delegados presos na megaoperação Fênix são exonerados

Gabriela Sales
gsales@hojeemdia.com.br
20/12/2017 às 15:34.
Atualizado em 03/11/2021 às 00:22
 (Maurício Rocha/Hoje em Dia)

(Maurício Rocha/Hoje em Dia)

Foi publicada no Diário Oficial de Minas Gerais, nesta quarta-feira (20), a exoneração dos delegados investigados na Operação “Fenix”, realizada nesta terça-feira (19), em Uberlândia, no Triângulo Mineiro. A megaoperação, conduzida pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), apura casos de corrupção, associação criminosa, roubos e falsidade ideológica envolvendo delegados de Polícia Civil, chefes de departamento, escrivães, investigadores, advogados e traficantes em Minas Gerais, Cuiabá (MT) e Cascavel (PR).

A Polícia Civil informou que todos os detidos, que são servidores da corporação, estão presos na Casa de Custódia da Polícia Civil em Belo Horizonte. A publicação traz ainda os nomes dos novos delegados para os cargos de chefia: o delegado-chefe do 9º Departamento de Polícia Civil de Uberlândia, Edson Rogério de Morais, passa a responder interinamente pelo departamento junto às funções na 1ª Delegacia Regional; o delegado-geral do 10º Departamento de Polícia Civil de Patos de Minas será o delegado interino Luciano Alves dos Santos, que também assume a 4ª Delegacia Regional.

Megaoperação

Nove delegados e outras 39 pessoas, entre policiais civis, advogados e traficantes foram presos durante uma megaoperação conta corrupção, associação criminosa, roubos e falsidade ideológica. Ao todo, 80 pessoas foram detidas na ação. A Polícia Civil apreendeu ainda documentos, joias, aparelhos celulares, munição de calibre variado e armas.

A operação Fênix é resultado de três operações distintas: Alibabá, Ouroboros e Efésios. A Alibabá é decorrente das Operações Zeus, deflagrada pela Polícia Civil de Minas em setembro de 2015. Na época, as investigações levaram a duas denúncias pelos crimes de associação para o tráfico de drogas, tráfico ilícito de entorpecentes, associação criminosa, obstrução de Justiça, receptação, adulteração de sinal identificador de veículo automotor, fraude processual, corrupção passiva e corrupção ativa. Ainda em 2015, a promotoria desencadeou a segunda fase da operação 100 Anos de Perdão, que resultou no oferecimento de sete denúncias envolvendo roubo agravado - emprego de arma, concurso de pessoas e restrição da liberdade das vítimas -, organização criminosa, associação para o tráfico de drogas, tráfico ilícito de entorpecentes, falsidade ideológica e porte e comércio ilegais de armas de fogo.

No início deste ano, um novo processo de investigação foi aberto pelo Gaeco em Uberlândia através de delação premiada. Na época, 19 processos investigatórios foram abertos por organização criminosa, associação criminosa, corrupção ativa, corrupção passiva, tráfico ilícito de entorpecentes, porte e posse ilegal de arma de fogo, falsidade Ideológica, estelionato, receptação qualificada, falso testemunho e prevaricação.

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