Delivery de entorpecente em Minas chefiado por detento do Mato Grosso do Sul

Malú Damázio
mdamazio@hojeemdia.com.br
15/05/2018 às 20:17.
Atualizado em 03/11/2021 às 02:51
 (Polícia Federal/Divulgação)

(Polícia Federal/Divulgação)

Oito pessoas foram presas em uma operação de combate ao tráfico de drogas em Congonhas, na região Central de Minas. O esquema criminoso lançava mão do delivery para atender aos clientes e era comandado, segundo as investigações, por um detento de Dourados, no Mato Grosso do Sul.

Maconha, cocaína e lança-perfume comercializados pelo grupo vinham do Norte do país. Para despistar a polícia, o entorpecente era dividido em porções e enterrado em lotes e terrenos baldios de Congonhas. A distribuição acontecia na cidade e municípios vizinhos, além de Belo Horizonte. A droga era entregue na casa do usuário pelos integrantes do grupo.

Titular da unidade de Repressão às Drogas da Polícia Federal (PF), João Geraldo de Almeida contou que os suspeitos transportavam, com regularidade, de 50 quilos a 100 quilos de maconha. “Eles não buscavam volume muito grande, preferiam usar veículos de menor porte e levavam sempre quantidades menores. Faziam a distribuição no sistema ‘tele-drogas’. Isso era feito com grande regularidade e abastecia toda a cidade”, explica.

Dentro da cadeia

Dos mandados de prisão cumpridos ontem, três alvos já estavam encarcerados. Conforme as apurações, iniciadas há quatro meses, o líder da quadrilha utilizava um celular, de dentro da cela, para dar ordens aos comparsas. O presídio onde o homem está preso foi vasculhado.

Todos os supostos envolvidos no esquema foram detidos, segundo os investigadores. A maioria já tinha passagem pelo sistema prisional por crimes como tráfico, roubo, falsificação de materiais e homicídio. Também foram cumpridos 15 mandados de busca e apreensão que resultaram no recolhimento de armas e celulares, inclusive dentro das unidades prisionais.

Força-tarefa

Essa foi a primeira fase da Operação Profetas, deflagrada pela Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (Ficco), que reúne as polícias Federal, Rodoviária Federal (PRF) e Civil de Minas. Criminosos que atuam em outras localidades também estão na mira dos investigadores, mas detalhes não foram divulgados.

“Temos notado avanço crescente e recorrente (do tráfico) no interior, principalmente de armas e drogas. A proposta da força-tarefa é difundir para outras cidades do Estado”, frisou o delegado regional de Combate ao Crime Organizado, da PF, Rodrigo Morais.

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