Denúncia contra motorista de aplicativo será investigada como tentativa de estupro

Cinthya Oliveira
cioliveira@hojeemdia.com.br
15/02/2018 às 14:25.
Atualizado em 03/11/2021 às 01:22
Empresas serão obrigadas a informar os critérios que compõem o valor da remuneração do motorista (Divulgação)

Empresas serão obrigadas a informar os critérios que compõem o valor da remuneração do motorista (Divulgação)

A Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher de Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, irá investigar a denúncia de que um motorista de aplicativo teria mostrado o órgão sexual a uma passageira na sexta-feira (9). O caso havia sido classificado no Boletim de Ocorrência como ato obsceno, mas a delegada decidiu investigar o caso como tentativa de estupro.

De acordo com o boletim de ocorrência, por volta das 2h de sexta, um rapaz de 30 anos fez um pedido de corrida pelo aplicativo Uber para a namorada, que estava no bairro Morada Nova e seguiria até o Bela Vista. Quando o carro chegou ao destino, a moça, de 25 anos, quis pagar a corrida de R$ 17 com uma nota de R$ 50, mas o motorista afirmou que não tinha troco.

O homem, então, disse que iria tentar trocar o dinheiro e circulou com a passageira pelas ruas do entorno. Logo depois, ele parou o carro e teria dito para ela: “esse (citou o nome do namorado) é doido por deixar uma gostosinha como você pegar um carro a essa hora. Gosta de maconha ou balinha?”

Segundo relato da passageira, neste momento, o homem abriu a braguilha da calça, expôs o órgão sexual e pulou para o banco de trás. A mulher, então, abriu a porta do carro e correu.

O namorado, que havia estranhado ao ver, pelo aplicativo, que o carro estava dando voltas, procurou pela passageira e conseguiu acolhê-la. O motorista de 33 anos, por sua vez, não teria terminado a corrida e feito ameaças à passageira, caso ela não pagasse os R$ 17.

O casal foi até a Polícia Militar registrar Boletim de Ocorrência na tarde de sexta e ligou para o motorista de aplicativo para avisá-lo. O homem disse que compareceria ao local para oferecer a sua versão, mas isso não teria acontecido.

Procurada pela reportagem, a Uber informou que este tipo de comportamento não é tolerado, que o motorista em questão já foi banido da plataforma e que está à disposição das autoridades para colaborar com as investigações, nos termos da lei.

"A Uber repudia qualquer tipo de violência contra mulheres. Acreditamos na importância de combater, coibir e denunciar casos de assédio e violência contra a mulher", diz a nota.

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