Despesa extra com saúde aumenta 58% em Minas Gerais

Celso Martins - Do Hoje em Dia
06/10/2012 às 09:18.
Atualizado em 22/11/2021 às 01:51
 (Maurício de Souza/Arquivo Hoje em Dia)

(Maurício de Souza/Arquivo Hoje em Dia)

Os gastos públicos para garantir a realização de exames, tratamento e internação de pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) na rede particular, por determinação judicial, aumentaram 58% em Minas Gerais em oito meses.

De janeiro a 21 de setembro, a Secretaria de Estado de Saúde (SES) pagou R$ 8,7 milhões a hospitais e clínicas particulares para o tratamento de 692 pacientes que estavam na fila de espera no SUS.

A maioria das ações foi direcionada à internação em Centros de Tratamento Intensivo (CTI). No Estado, o déficit de leitos de CTI para adultos é de 324.

Em todo o ano passado, 418 pessoas acionaram a SES na Justiça por não conseguirem assistência adequada na rede pública de saúde. Foram gastos R$ 5,5 milhões nos 12 meses. Esse dinheiro saiu dos cofres do governo de Minas.
 

Compra de leitos

A compra de leitos e de serviços na rede privada também ocorre pela Secretaria de Estado de Saúde, por uma central de regulação, evitando o transtorno da entrada com ação judicial.

Neste ano, 54 pacientes foram tratados nas instituições privadas, com o Estado desembolsando, entre janeiro e setembro, R$ 1,3 milhão. Em todo o ano passado, o número de pessoas atendidas foi de 41, com uma despesa de R$ 3,2 milhões.

Uma das ações mais caras contra o Estado neste ano custou R$ 500 mil e foi cumprida no início do ano em benefício de Pedro Arthur Diniz Silva, 9 anos. Ele ficou tetraplégico depois de contrair meningite, em 2004.

A SES foi obrigada a pagar todas as despesas – inclusive as passagens aéreas – para a instalação de um marca-passo no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo. O equipamento ajudou o menino a respirar melhor.

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