Dia de Enfrentamento à Meningite: veja quais vacinas seu filho pode tomar na rede pública e privada

Cinthya Oliveira *
cioliveira@hojeemdia.com.br
23/04/2018 às 16:17.
Atualizado em 03/11/2021 às 02:29

Uma das doenças mais temidas pelos pais, a meningite pode ser prevenida com vários tipos de vacinas, encontradas na rede pública e privada de saúde. Aplicadas especialmente nos dois primeiros anos de vida das crianças, as doses são a principal forma de prevenção à doença provocada por diferentes antígenos – bactérias, fungos, parasitas e vírus.

No Dia Mundial de Enfrentamento à Meningite, celebrado nesta terça-feira (24), acontecem campanhas de conscientização para a prevenção e a importância do diagnóstico precoce em vários países. Em Minas Gerais, desde 2009, crianças e adolescentes podem contar com a vacina contra a Meningite conjugada C na rede pública – o primeiro Estado brasileiro a incluir a imunização no calendário básico. A cobertura vacinal é de 78,44%, entre bebês com 1 ano, e de 29,71%, entre crianças de 11 a 14 anos. 

Nos postos de saúde, também é possível encontrar outras vacinas que oferecem prevenção a algum tipo de antígeno causador da meningite: a BCG, a pneumocócica e a pentavalente (que previne contra meningite por Haemophilus influenzae tipo b, além de difteria, tétano, coqueluche e poliomielite). Confira o quadro que mostra a cobertura vacinal em Minas:SES/Divulgação / N/A

Já na rede particular, é possível encontrar outras duas vacinas que imunizam contra a doença: Meningocócica B (cerca de R$ 660 para cada uma das quatro doses que devem ser administradas) e Meningocócica conjugada ACWY (cerca de R$ 360 para dose única).

Sobre a doença

A meningite é caracterizada pela inflamação das meninges, membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal. A doença pode ser causada por bactérias, fungos, parasitas e vírus. Os sintomas mais comuns são febre, dor de cabeça, vômitos, rigidez da nuca ou dores no pescoço, sonolência e, às vezes, confusão mental. Manchas vermelhas ou roxas pela pele podem ser indicativos de um agravamento no estado do paciente.

Como alguns sintomas da meningite são parecidos com de outras doenças, o diagnóstico não é tão fácil. Quanto mais cedo a equipe médica identificar a origem da enfermidade, maiores são as chances de cura, especialmente porque cada tipo de meningite exige uma forma diferenciada de tratamento – a bacteriana precisa de tratamento imediato, enquanto a meningite viral, apesar de não apresentar quadros graves, exige hospitalização e acompanhamento médico.

Em crianças menores de um ano de idade, os sintomas podem não ser tão evidentes. Por isso, é necessário ter atenção para a presença de moleira tensa ou elevada, irritabilidade, inquietação com choro agudo e persistente, além de rigidez corporal com ou sem convulsões.

O tratamento é feito de acordo com a causa da meningite diagnosticada pelo médico, variando desde o tratamento para alívio dos sintomas (nas meningites virais e traumáticas) até a antibioticoterapia (nas meningites bacterianas, fúngicas e eosinofílicas).

Pessoas que tiveram contato próximo com pacientes diagnosticados com meningite bacteriana devem fazer uso de medicação preventiva. Essa medida é realizada pelo serviço de saúde local para interromper a cadeia de transmissão da doença.

* Com informações da Secretaria de Estado de Saúde (SES) e do Ministério da Saúde

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