Dia nacional da Saúde e da Nutrição reúne milhares de pessoas no Parque Municipal

Bruno Moreno
bmoreno@hojeemdia.com.br
03/04/2016 às 13:00.
Atualizado em 16/11/2021 às 02:46
 (Bruno Moreno)

(Bruno Moreno)

A escolha entre um salgadinho com milho trangênico e um potinho de acerola fresca intrigou a pequena Maria Eduarda, de 4 anos. Ambos tinha a cor vermelha, chamativa, mas ela garante que prefere a acerola, que é uma das suas frutas preferidas, junto com manga, uva e maçã. A garota esteve na manhã deste domingo (3) no Parque Municipal Américo Renné Giannetti, no Centro de Belo Horizonte, acompanhada do pai, Robson Fernandes Machado, 40 anos, para se divertir, e acabou aprendendo um pouco mais sobre como se alimentar melhor, ao participar das atividades do Dia Nacional da Saúde e Nutrição.

Eles ganharam mudas de temperos, receberam panfletos e fizeram compras na tenda do "Good Nutri", o mercado de brincadeirinha montado pelas alunas do 7º período do curso de Nutrição da Faminas-BH. Depois de feitas as compras, as alunas observavam as cestas, e faziam as correções necessárias.

"Lá em casa a gente sempre está atento à boa alimentação. E aqui fiquei sabendo de mais outras coisas como, por exemplo, o tanto de açúcar que tem em uma lata de refrigerante, no suco de caixinha. Vamos diminuir o consumo de açúcar e evitar tomar essas bebidas", afirma Robson. 

A ideia do mercado foi bolada pela professora Vanessa Oliveira, e o objetivo é fazer com que as pessoas vivenciem como deve ser feita uma compra saudável no coditiano. Ela enfatiza que a alimentação saudável, com mais alimentos in natura, além de ser melhor pra saúde, faz bem para o bolso. "Quando as pessoas comparam um pacote de biscoito com o preço do quilo de uma fruta, acham que a fruta pode ser mais cara. Mas é importante lembrar que se for comparar o peso, a fruta é mais barata", enfatiza.

Ela ressalta, ainda, que no mercado montado no Parque Municipal as pessoas mais idosas são as que têm os hábitos mais saudáveis. "Elas pegam frutas, hortaliças, verduras. Já os mais jovens vão direto para os industrializados", relata. A nutricionista enfatiza, ainda, que os alimentos industrializados não são proibidos em uma dieta saudável, mas devem ser consumidos com muita moderação, e não fazer parte do cotidiano.

 Bruno Moreno / N/AO Conselho Regional de Nutrição Minas Gerais distribuiu mudas de temperos, como alecrim, hortelã, manjericão, salsinha e cebolinha

 O Conselho Regional de Nutrição (CRN) em Minas Gerais, assim como o conselho federal e os demais regionais, estão atentos às modificações que a indústria alimentícia está querendo adotar nas embalagens dos alimentos. As duas principais questões são a identificação do uso de transgênico e a utilização de agrotóxicos no cultivo dos componentes dos produtos.

"Somos contrários ao projeto de lei que retira o "T", de transgênico, das embalages, como também ao projeto que muda a nomenclatura de agrotóxicos", afirma a presidente do CRN-MG, Beatriz Carvalho, refindo-se à proposta que pretende tirar a palavra “agrotóxicos” das embalagesn e trocar por “produtos fitossanitários”.

No último dia 30, após intenso protesto de ambientalistas e até mesmo de Bela Gil, que movimentou as redes sociais, o senador Álvaro Dias (PV), autor da proposta de mudança da terminologia do agrotóxico, solicitou o arquivamento deste projeto de lei. No entanto, o projeto que retira o "T" das embalagens, de autoria do deputado Luis Carlos Heinze (PP-RS), ainda está em pauta na Câmara dos Deputados.

"A sociedade brasileira tem que buscar alternativas para sair desse modelo de produção, com transgênicos, agrotóxicos, grandes produções, para um modelo mais sustentável, uma produção agroecológica", afirma a presidente do CRN-MG, Beatriz Carvalho.
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