Cursos curtos são oportunidade para turbinar currículo no exterior

Tatiana Lagôa
Hoje em Dia - Belo Horizonte
23/03/2017 às 11:40.
Atualizado em 15/11/2021 às 13:51

A vontade de turbinar o currículo com uma experiência internacional é crescente entre os brasileiros. Já as oportunidades, em tempos de crise, nem tanto. É por isso que estudo e orientação são cada vez mais necessários para aqueles que não querem ter o projeto de vida engavetado.

Dados da Belta (Brazilian Educational & Language Travel Association), que reúne as principais instituições brasileiras que trabalham nas áreas de cursos, estágios e intercâmbios fora do país, apresentam queda na procura de cursos no exterior. Em 2015, o recuo de estudantes foi de 5,17% em relação a 2014, passando de 232 mil para 220 mil.

A estatística reflete as crises pelo mundo e no próprio Brasil, que acabaram reduzindo as oportunidades. “É fato que as bolsas disponíveis tiveram uma queda, mas a busca dos alunos não. Tanto que as pesquisas no nosso site tem aumentado”, afirma a editora do Portal Educar Fora, da Fundação Educar, Natália Bustamante.

Com menos dinheiro, entretanto, o perfil dos cursos mais procurados mudou. Agora, a procura é maior pelos mais baratos, de menor duração e com uma pegada mais prática, permitindo a utilização dos conhecimentos rapidamente no mercado de trabalho.

Feira

Pensando nessa dificuldade dos alunos de conseguir estudar fora, a EducationUSA realizará feiras exclusivas para quem quiser estudar nos Estados Unidos em sete cidades brasileiras. Em Belo Horizonte, o encontro ocorre em 1° de abril, entre 16h e 19h, no Hotel Mercure BH Lourdes.

Lá, os aspirantes a uma vaga nas instituições de ensino norte-americanas terão contato direto com representantes dessas escolas. Além disso, ocorrerão palestras e plantões para tirar dúvidas sobre programas acadêmicos, bolsas de estudos e vistos aos estudantes. 

“É muito importante que o aluno seja bem informado sobre o curso e o local para onde pretende ir. Boas notas ao longo da vida e um bom inglês podem ser diferenciais para tentar uma bolsa”, afirma a responsável pela coordenação da feira, Bianca Macena. Além disso, será preciso uma reserva financeira. Para quem quiser estudar nos Estados Unidos e não conseguir uma bolsa, por exemplo, os gastos variam de R$ 30 mil a R$ 70 mil. 

Experiência

A mineira Larissa Francielle Miranda Moreira, de 20 anos, é uma das que buscou uma experiência acadêmica no exterior. Há um ano, ela está na universidade norte-americana Babson College. Lá, faz o curso de gestão de negócios.

Ela conta que o caminho a ser percorrido não foi fácil. A começar pela seleção, que envolveu provas de conhecimentos gerais e de proficiência no inglês, além de cartas de recomendação de professores, redações e envio de documentos financeiros. Um processo longo, que demorou um ano. 

Mas Larissa Moreira não se arrepende. “O corpo estudantil é composto por um grande número de estudantes internacionais. Então, tenho contato com pessoas do mundo todo e aprendo sobre culturas diferentes todos os dias. Além disso, os professores são pessoas premiadas e com vasta experiência de mercado em suas respectivas áreas”, afirma.

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