Em estado de greve, servidores da saúde pressionam governo por solução

Ana Clara Otoni - Do Portal HD
10/08/2012 às 11:17.
Atualizado em 22/11/2021 às 00:21
 (Sind-Saúde/Divulgação/Arquivo)

(Sind-Saúde/Divulgação/Arquivo)

O Sindi-Saúde pediu nesta sexta-feira (10) a marcação de uma reunião com o secretário-adjunto de estado de saúde Breno Henrique Avelar. A categoria que está em estado de greve desde a quarta-feira (8), depois de votação em Assembleia, quer discutir a revisão do plano de carreira que foi debatida, mas não fechada, nessa quinta-feira (9), durante a reunião de negociação da Mesa do SUS - que teve a presença do governo do estado.  De acordo com o diretor do Sindi-Saúde, Renato Barros, uma reunião será feita na próxima terça-feira (13) para decidir a ordem do movimento. "Queremos esgotar as possibilidades de acordo com o governo para que ninguém diga que os trabalhadores foram intransigentes", disse. Uma assembleia será realizada no dia 20 de setembro e, se até lá nada tiver sido conquistado, Barros disse que a categoria poderá, de fato, entrar em greve.    Eles ficaram 29 dias parados em julho e, conforme o diretor, os avanços conquistados foram apenas em algumas áreas. "A área da saúde é muito sistêmica, avançamos na Funed, Hemoninas, Unimontes e Fhemig. Falta a carreira na secretaria e na Escola de Saúde Pública", afirma. As atividades setoriais em cada região do Estado devem continuar mobilizadas, segundo Barros. A regional de Juiz de Fora, na Zona da Mata, manteve a paralisação por mais de 30 dias e só retornou no último dia 8, já que a pauta específica não havia sido discutida. "Eles ficaram mais tempo esperando uma posição que não veio, mas com o estado de greve definido na assembleia eles acabaram voltando ao trabalho", disse.    Procurada pela reportagem do Hoje em Dia,  a Secretaria de Estado de Saúde informou que na reunião ocorrida nessa quinta, também foi  apresentada a proposta da SES para a gestão do trabalho, com discussão do mapa estratégico da Superintendência de Gestão de Pessoas da Secretaria.    A criação de mais um nível nas carreiras com escolaridade acima do nível anterior e a promoção por adicional de escolaridade, com redução de interstício de 5 para 2 anos também estavam na pauta da reunião, porém, os pontos devem ser novamente discutidos no dia 14 de agosto, às 8h30, quando os membros da mesa voltarão a se reunir.    Em seguida, a SES deve encaminhar o que foi debatido para a Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag). A Secretaria comunicou  que a Secretaria de Estado de Saúde e a Escola de Saúde Pública (ESP-MG) funcionam normalmente e que não há qualquer serviço paralisado.  Dos 4.568 servidores da SES, apenas 51 deixaram de comparecer aos locais de trabalho, o que significa que 1.12% do total aderiu ao movimento de paralisação. Na ESP-MG, onde trabalham 86 servidores, nenhum parou.   Reivindicações   Os profissionais reivindicam a correção do reposicionamento na carreira; a revisão do Plano de Carreira; reajuste e pagamento de Vale-transporte e Vale-Alimentação; adicional de insalubridade e periculosidade; prêmio por produtividade; gratificação por Desempenho de Função; gratificação complementar; regulamentação em lei do cargo de Especialista em Políticas e Gestão da Saúde (EPGS).   No dia 12 de julho deste ano, os servidores da saúde aprovaram as propostas de reajuste de 40%, a partir de agosto deste ano, e de 50% em 2013, além de aumento no valor da Gratificação Complementar (GC) concedida a auxiliares de apoio, técnicos operacionais, profissionais de enfermagem e analistas de gestão e assistência à saúde da Fhemig.    O problema, segundo a categoria, é que os benefícios de pagamento do abono de urgência e emergência e um reajuste de 50%, a partir de agosto deste ano, não foram estendidos para profissionais da Secretaria Estadual e da Escola de Saúde Pública.   Atualizada às 13h12. 

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