A pluralidade, característica do meio urbano, encontra representação mais do que perfeita nos murais espalhados pela capital mineira. Coloridos e impactantes, os grafites em muros e viadutos já fazem parte dos muitos cenários que compõem a cidade. Seja através de desenhos abstratos ou por meio de figuras que passam mensagens diretas, os painéis, mais do que qualquer outra coisa, refletem o cotidiano dos grandes centros. Talvez seja essa a característica mais destoante entre o grafite e a pichação.
A arte propagada pelos grafiteiros já foi incorporada pelos moradores das cidades e não gera incômodo, como ocorre com a pichação. Pelo contrário, o grafite tem recebido o devido reconhecimento artístico. A recente ação do prefeito de São Paulo para “limpar” murais grafitados pela capital paulista gerou diversas manifestações contrárias e reabriu o debate. Grafite é ou não arte? Mas a pergunta, no fim das contas, não seria: cabe a quem definir isso?