Então, Brilha! lota percurso com pelo menos 70 mil pessoas; veja fotos

Tatiana Lagôa
tlagoa@hojeemdia.com.br
25/02/2017 às 14:02.
Atualizado em 16/11/2021 às 00:43

A redução da bateria do Então , Brilha!, que neste ano teve 250 músicos, não foi suficiente para facilitar a chegada do bloco na Praça da Estação. Em 2016, 700 pessoas integraram a banda. Visando uma locomoção mais tranquila, houve a limitação neste ano. Mas, mesmo assim, o percurso entre a rua Guaicurus e a Praça da Estação foi feito em cerca de 6 horas.

O dificultador não foi a bateria e sim o público. O número de foliões subiu dos 40 mil registrados no ano passado para cerca de 70 mil, segundo policiais que faziam a patrulha do local. A Polícia Militar não soltou um dado oficial com o número de pessoas que o bloco arrastou ainda.

Outra mudança ocorrida em 2017 é que o trio elétrico e bateria foram protegidos com uma corda. Diferentemente dos anos anteriores, quando a banda era aberta para quem quisesse tocar.

Tradição

O que permanece é o tom crítico e político, que é uma marca do Carnaval em Belo Horizonte. Faixas com os dizeres “Fora Temer” e “Me beija que não sou golpista” foram estampadas pelas ruas. E, em diversos momentos, um coro entou o famoso “Fora Temer” no ritmo dos tambores.

Bastante democrático, o bloco arrastou pessoas dos mais variados perfis e estados. A jovem Júlia Matoso, de 22 anos, que estava acompanhada do amigo Jonathan Rodrigues, de 24, saiu de São Paulo para curtir a festa em Belo Horizonte.

“Tem muita gente de São Paulo vindo para Belo Horizonte. Acho que porque a festa tá crescendo e tem ficado muito legal”, afirma. Já Jonathan que foi ao Então, Brilha! vestido de índio, é veterano no Carnaval belo-horizontino. “Ano passado passei aqui também”, afirma. Ele já se informou dos horários de vários blocos e pretende carnavalizar neste sábado (25) “até quando aguentar”.

As amigas Richelle Valentim, de 26 anos, e Stephanie Chaves, de 31, também estão dispostas a “emendar” vários blocos por hoje. Elas foram brilhantes, com gliteres nas cores rosa e dourado pelo corpo, conforme o pedido pelos organizadores do bloco, em homenagem à diversidade e à população LGBT. “Cheguei aqui 6h30 e estou adorando esse bloco. Super animado”, afirma Richelle.

Também bastante animados estavam o casal de namorados Gabriela Gomes Furbino, de 22 anos, e Rômulo Godinho, de 18. Nem mesmo o rompimento de ligamentos na perna, que demanda repouso para recuperação, foi impecilho para Gabriela aproveitar o Carnaval. Arrumou uma cadeira de rodas e seguiu o bloco com a ajuda do namorado.

Apesar do grande número de pessoas, as vendas não estão tão animadoras para os ambulantes. A Belotur cadastrou 9 mil pessoas para atuarem ao longo do evento, o que tornou o trabalho menos rentável.

Segundo a ambulante Nilza Cassiano, que trabalha de ambulante em Belo Horizonte há 20 anos, a concorrência está “minando” o negócio. Nem mesmo a estratégia de aceitar cartões de crédito e débito é diferencial mais. “Além de ter muita gente vendendo, muitos trouxeram a própria bebida de casa”, afirma.
    

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