Os sucessivos erros do Instituto Hermes Pardini começam a provocar danos irreparáveis em vários pacientes de Minas Gerais. Um empresário de Sete Lagoas é uma dessas vítimas que tentam se recuperar dos traumas provocados por laudos equivocados do laboratório. Em 2008, ele procurou o laboratório onde se submeteu ao exame de DNA para provar a paternidade de seus filhos.

Susto
Para a surpresa do empresário, o laudo comprovou a paternidade de apenas quatro entre os seus cinco filhos registrados em cartório. Em outras palavras, de acordo com o Hermes Pardini, o quinto filho teria sido gerado durante uma relação extraconjugal da mulher.

Surpresa
Transtornado com o resultado , ele não hesitou em se separar da mulher, acusando-a de adultério. Diante da insistência da mulher em negar a traição, o empresário resolveu fazer novos exames, no mesmo laboratório. Desta vez, no entanto, o resultado foi diferente: confirmou a paternidade de todos os cinco filhos.

Condenação
O caso foi parar novamente na Justiça, que condenou o Hermes Pardini a indenizar o empresário por danos morais em R$ 30 mil. Em uma audiência de conciliação, a empresa concordou em devolver a quantia de R$ 700 pagos no segundo exame, mas se negou a indenizá-lo sob a alegação de “que não havia danos morais e sim meros aborrecimentos”

Sem volta
Por sorte, a Justiça não acatou a argumentação de defesa e condenou o laboratório. O empresário não foi localizado. Um funcionário de sua empresa informou à coluna que ele estaria viajando.

Mais um
Vale lembrar que não é a primeira vez que o laboratório comete erro em exame de DNA. Na semana passada o Hoje em Dia publicou que o Hermes Pardini foi condenado pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais por ter trocado outro exame para comprovar paternidade.
O teste foi solicitado pelo estudante Mario José Oliveira Neto, que tenta provar na Justiça sua ligação com Adilson Luiz Souza Costa.

Erro
Mas o exame trouxe um resultado que não tem nada a ver com o solicitado por Neto. O laudo concluiu que ele estaria com leucemia (câncer no sangue). O laboratório trocou o material coletado por Neto por um de outro paciente, aquele que realmente havia solicitado exame para comprovar a leucemia.

No interior
Em Três Corações, outra vítima do laboratório conseguiu no Tribunal de Justiça de Minas Gerais uma indenização de R$ 9 mil do laboratório. A cliente se submeteu a um exame de sangue. O resultado foi ainda mais surpreendente : constatou que a paciente era portadora do HIV, o vírus da Aids.
Traumatizada com o resultado, a cliente fez tratamento para impedir a evolução da doença.

Alívio
Sem os sintomas característicos da doença durante alguns meses, a cliente consultou outro médico e se submeteu a novo exame. O resultado desta vez deu negativo.

(*) Com Rodrigo Lopes

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