Escola na trilha do turismo: projeto já envolveu mais de 2,8 mil alunos da rede estadual de educação

Da Redação
Hoje em Dia - Belo Horizonte
20/10/2017 às 22:21.
Atualizado em 02/11/2021 às 23:19
 (SETUR–MG/Divulgação)

(SETUR–MG/Divulgação)

O contato com a natureza, o meio ambiente e a cultura de regiões mineiras pode ser uma importante fonte de conhecimentos. Levando em conta essa prática pedagógica, a Secretaria de Estado de Turismo (Setur-MG) desenvolve, em parceria com a pasta de Educação e a Copasa, o projeto Escola na Trilha – Orientação para o Turismo. 

Direcionado às escolas públicas estaduais, a iniciativa já envolveu, de 2008 a 2017, 2.839 alunos. Nesse período também foram capacitados servidores públicos municipais, de circuitos turísticos e professores de escolas públicas. Diversas ações estão previstas ainda para este ano e para 2018.

O projeto busca sensibilizar os participantes para questões relacionadas ao turismo e educação ambiental nos circuitos turísticos do Estado. Disciplinas ministradas em sala de aula como história, geografia e biologia, dentre outras, estão em permanente diálogo com as viagens pedagógicas. Ao mesmo tempo, as aulas ao ar livre potencializam o aprendizado.

Provas

No Escola na Trilha, os estudantes participam de provas regulares, incorporadas à grade curricular das instituições de ensino, com realização nas próprias unidades de conservação. O percurso varia entre 5 e 8 km, com duração aproximada de duas a três horas. Durante o trajeto, são feitas abordados temas trabalhados ao longo do ano em sala.

As provastêm premiação. Geralmente, os alunos são divididos em três equipes e a melhor classificada alcança em torno de 50%. Os contemplados ganham uma viagem pedagógica em áreas de proteção ou em algum município de relevância turística.

Equipes melhores classificadas nas provas ganham viagem pedagógica em uma unidade de conservação

Experiências

Em junho, agosto e setembro, por exemplo, foi a vez de 120 alunos da Escola Estadual Coronel Adelino Castelo Branco, de Sabará, participarem de três provas no Parque Estadual do Sumidouro, localizado nos municípios de Lagoa Santa e Pedro Leopoldo, na Grande BH. Quarenta alunos foram premiados na etapa e tiveram a oportunidade de uma viagem pedagógica ao Parque Estadual Mata do Limoeiro, no distrito de Ipoema, em Itabira, região Central de Minas. 

“É um projeto bem elaborado e organizado e com a base pedagógica desenvolvida em sala de aula. Os alunos vivenciam o conhecimento da fauna e flora existentes em Minas Gerais, como mata atlântica, cerrado, animais variados, rios, lagos e cachoeiras”, diz Paula de Freitas, supervisora pedagógica da Coronel Adelino Castelo Branco.

Segundo ela, o projeto é uma oportunidade única para os estudantes adquirirem conhecimentos históricos e culturais sobre o circuito do ouro. “Os alunos ficam surpreendidos e encantados com a experiência”, afirma.

Resultados

De 2008 até este ano foram realizadas 21 provas em unidades de conservação do Estado, envolvendo 21 municípios, 24 escolas públicas e 15 circuitos turísticos. Os investimentos somam cerca de R$ 320,3 mil.

Participantes perdidos nos trajetos e travessia em rios dão mais ação às atividades

As provas realizadas pelos alunos são baseadas em trekking. Os estudantes, divididos em grupos, usam bússola e mapa para conseguir cumprir a trilha no tempo estipulado em planilha de navegação. Durante o trajeto, fatos interessantes são registrados.

Algumas turmas, por exemplo, se perdem na rota e são resgatadas pela equipe de apoio. Em outras situações, participantes encontram animais silvestres, como cobras e aranhas, e até fazem travessia em rios por meio de pista de corda.

“É interessante porque fazemos uma sensibilização com os alunos e visitamos locais de grande relevância, como os parques estaduais do Sumidouro, do Itacolomi e do Rio Preto. Vemos que a iniciativa amplia horizontes sobre a cultura, a história e o turismo”, avalia o gestor.

Suporte

As provas contam com equipe de apoio das unidades de conservação, bombeiros e, embora até o momento não tenha sido acionada, uma ambulância à disposição nas proximidades dos parques, caso haja a necessidade de algum atendimento especial.

Ao longo da trilha, os professores ficam responsáveis pelos Postos de Controle (PCs). Essas estruturas verificam a regularidade de cada equipe e o andamento das provas. Por lá também são anotados os tempos de chegada e de saída dos participantes.

No fim da prova, as equipes cruzam a linha de chegada, sob o monitoramento de um responsável por registrar o tempo de cada grupo. Em seguida, os participantes são gradualmente encaminhados a um restaurante para o almoço.

Vale ressaltar que a metodologia do Projeto Escola na Trilha é elaborada com todo o cuidado, tanto por envolver provas regulares junto às escolas, como também pelo fato de as visitas ocorrerem em locais de preservação ambiental em Minas Gerais.

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