Estado assume rodoviária de BH e reforma começa em seis meses

Tatiana Moraes - Hoje em Dia
01/03/2016 às 19:12.
Atualizado em 16/11/2021 às 01:38

Debilitada pela artrose, a pensionista Iraci Costa enfrenta, pelo menos uma vez por mês, a subida íngreme das rampas da Rodoviária de Belo Horizonte, estragadas há quase três décadas. No terminal, a senhora de 68 anos e outras 40 mil pessoas que passam por ali diariamente também precisam desviar das poças d’água no chão devido às goteiras, sempre que chove. Os problemas devem começar a ser solucionados em seis meses, quando um investimento de R$ 40 milhões por parte da Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig) terá início.

A pasta, por meio da subsidiária Prominas, assumiu ontem a administração da rodoviária, antes gerida pela prefeitura. Houve um processo de transição entre os dois poderes. “É muito difícil subir essa rampa e os elevadores nem sempre funcionam”, critica Iraci. Ontem, dos quatro elevadores do terminal, três estavam com defeito. Os projetos executivos das obras estão em fase de execução, e as licitações começam em breve.

Usina fotovoltaica no telhado

A expectativa do novo diretor da rodoviária, Luís Felipe Quadros, é a de que a revitalização do telhado, que receberá uma usina fotovoltaica para abastecer um sistema de refrigeração, também tenha início em seis meses. A previsão é a de que todo o projeto, que prevê a retirada de colunas do pátio da Rodoviária para que haja circulação dos ônibus articulados, seja concluído em 2018.

Além disso, uma rampa vai ligar o espaço ao metrô, antecipa o presidente da Prominas, Fernando Cabral. “Vamos ampliar o monitoramento por câmeras. Hoje, temos oito. Outras 12 serão intergradas ao sistema”, diz Cabral.  

As intervenções serão realizadas para que, no futuro, a rodoviária seja transformada em um Terminal Metropolitano, com capacidade para receber ônibus com destino a 34 municípios.

Sem prazo
Para isso, é necessário que a nova rodoviária, a ser erguida no bairro São Gabriel, na Região Nordeste da cidade, saia do papel. O presidente da Prominas descarta o funcionamento do Terminal Metropolitano e da Rodoviária simultaneamente. “O espaço não comporta”, ressalta.

E os prazos não são animadores. Conforme mostrou o Hoje em Dia na edição de 23 de fevereiro, embora a licitação do terminal tenha sido homologado há quatro anos, a prefeitura e o vencedor da concorrência pública (SPE Terminal BH, composto pelas empreiteiras paulistas Socicam, Planova, Villanova, Telar e Amafi) não têm previsão concreta de quando as obras terão início.

Compartilhar
Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por