Estudo da Vacina contra a dengue na última fase

Igor Patrick
ipsilva@hojeemdia.com.br
07/09/2016 às 08:04.
Atualizado em 15/11/2021 às 20:43
 (Flávio Tavares)

(Flávio Tavares)

A pesquisa para a produção de uma vacina brasileira e gratuita contra a dengue, coordenada pelo Instituto Butantã, entrou na última fase: a testagem em humanos. Iniciada ontem no Sergipe, essa etapa deve receber 1.200 voluntários de 2 a 59 anos. O número de participantes, porém, deve aumentar conforme os estudos avançarem.

A imunização sem custo, que será fornecida pelo Sistema Único de Saúde (SUS), é a esperança para quem não tem condições de arcar com a vacina comercializada pela rede particular e quer se proteger contra a doença transmitida pelo Aedes aegypti. Em Belo Horizonte, conforme mostrou o Hoje em Dia na edição de ontem, cada dose pode custar até R$ 290. O preço é um dos entraves para a adesão à proteção.

A vacina coordenada pelo Butantã vem sendo desenvolvida desde 2008 em regime de cooperação om os Institutos Nacionais de Saúde dos Estados Unidos. Se os resultados da pesquisa comprovarem bom índice de proteção, as doses podem entrar no Programa Nacional de Imunização. 

Os dados disponíveis até agora das duas primeiras fases dos estudos, segundo o Instituto Butantã, indicam que a vacina é segura e induz o organismo a produzir anticorpos de maneira equilibrada contra o vírus da dengue.

Até o fim da pesquisa, 17 mil voluntários em 13 cidades nas cinco regiões do Brasil serão convidados a participar do estudo. É preciso se encaixar em uma das três faixas etárias estudadas (2 a 6 anos, 7 a 17 e 18 a 59) e ser saudável. Os participantes serão acompanhados pela equipe médica por um período de cinco anos para verificar a eficácia da proteção.

Por enquanto, a vacina para dengue gratuita só está disponível no Paraná, onde o governo local investiu R$ 150 milhões para imunizar 500 mil pessoas em 30 cidades do Estado. Em Minas, porém, não há previsão de medida semelhante.

Em nota, as secretarias de Saúde de BH e do Estado informaram que aguardam definições do Ministério da Saúde quando ao custo-benefício da compra e distribuição da mesma vacina que é comercializada por laboratórios particulares, além de orientações sobre a estratégia de aplicação da imunização. 

Leia também:
Preço, inverno e agendamento são entraves para a venda da vacina contra a dengue em BH
Cientistas da Fiocruz concluem que pernilongo comum não transmite zika
Febre maculosa: entenda como a doença é transmitida

Compartilhar
Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por