Ex-motorista do goleiro Bruno é baleado durante clássico

Do Portal HD
27/08/2012 às 22:01.
Atualizado em 22/11/2021 às 00:48
 (Luiz Costa/Arquivo)

(Luiz Costa/Arquivo)

O ex-motorista e amigo do goleiro Bruno Fernandes de Souza foi baleado na noite do último domingo (26), dentro de um bar, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. De acordo com a Polícia Militar, Cleiton da Silva Gonçalves foi atingido de raspão, nas costas, e não corre risco de morte. O crime aconteceu seis dias depois que o primo do ex-atleta, Sérgio Rosa Sales foi executado. A polícia irá investigar se a tentativa de homicídio está relacionada ao desparecimento de Eliza Samudio. 

Segundo a ocorrência, dois homens que estavam em uma moto pararam em um bar, que fica na rua 12, número 102, no Conjunto Liberdade, em Contagem, e disparam contra as pessoas que estavam assistindo ao clássico entre Cruzeiro e Atlético. Um menino de 13 anos foi atingido na panturilha. Ele foi socorrido, levado para a Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) Ressaca e não corre risco de morte. Cleiton, que também estava no bar, foi atingido de raspão. No entanto, ele recusou atendimento médico. Testemunhas disseram à polícia que assim que ocorreu a confusão, o ex-motorista saiu do local em seu carro. De acordo com a PM, o nome de Cleiton não chegou a entrar no boletim de ocorrência.   Após rastreamento na região, um jovem de 17 anos foi apreendido, suspeito do crime. O menor foi encaminhado para a Delegacia de Orientação e Proteção à Criança e ao Adolescente (DOPCAD) de Contagem. O comparsa do adolescente ainda não foi localizado pela polícia.   Em março deste ano, Cleiton da Silva Gonçalves, foi preso e apontado como suspeito de ter participado do assassinato de um jovem de 20 anos. O crime ocorreu em uma churrascaria de Contagem. Ele é amigo do ex-goleiro Bruno Fernandes e dirigia a Land Rover do atleta quando o veículo foi apreendido com a documentação atrasada, em junho de 2010. Cleiton negou participação no crime e, na época, alegou que teria sido confundido.    Mas segundo a polícia, Cleiton e um comparsa entraram em uma churrascaria e tentaram tirar Elvis da Silva Camargos do local para conversar do lado de fora. Agindo de forma violenta, eles empurraram o jovem para fora do estabelecimento. Amigos de Elvis tentaram impedir, mas a vítima acabou sendo atingida por seis tiros. Os suspeitos fugiram em um carro com cinco pessoas. O crime foi flagrado pelas câmeras de segurança do estabelecimento.   A morte teria acontecido por causa de uma briga entre Elvis e Cleiton dentro de uma boate próxima à churrascaria. O suspeito trabalhava com frequência como motorista do ex-jogador Bruno. Ele chegou a prestar esclarecimentos sobre a morte da modelo Eliza Samudio, mas foi liberado no início das investigações, já que ficou provado que o rapaz apenas dirigiu o carro após o crime.

  Execução de "Camelo"   Nesta segunda-feira (27), a Corregedoria da Polícia Civil assumiu, por recomendação da Promotoria de Defesa dos Direito Humanos, as investigações sobre a execução de Sérgio Rosa Sales, conhecido como "Camelo", primo do goleiro Bruno. O crime ocorreu na última quarta-feira (22), quando ele foi atingido com seis tiros, no bairro Minaslândia, região Norte de Belo Horizonte.   O assassinato até então estava sendo investigado pelo delegado Frederico Abelha, da Divisão de Homicídios de Belo Horizonte. Ele chegou a ouvir três pessoas. No entanto, como policiais da divisão - delegados e agentes - são investigados por abuso de autoridade e intimidação à vítima, o Ministério Público entendeu, por conflito de interesse, que a investigação deveria ser transferida.   Durante coletiva realizada na tarde desta segunda-feira (27), o corregedor-geral da Polícia Civil, delegado Renato Patrício Teixeira adiantou que o primeiro inquérito com pedido da juíza do Tribunal do Júri de Contagem, Marixa Fabiane, para apuração de suposta violência e pressão contra Sérgio Sales por policiais civis da Divisão de Homicídios ainda não foi concluído. Quanto ao novo inquérito, o corregedor-geral designou o delegado-corregedor Alexandre Campbel para prosseguir com as investigações.   Questionado se o fato de a Corregedoria Geral assumir as investigações ser um forte indicativo de haver pelo menos um policial civil envolvido na execução de Sérgio, Teixeira disse que não tem denúncia concreta sobre essa possibilidade, mas não descarta nenhuma hipótese neste sentido. Teixeira deverá intimar o policial civil aposentado José Lauriano de Assis Filho, o "Zezé", que teria apresentado Marcos Aparecido dos Santos, o "Bola", a Luiz Henrique Romão, o "Macarrão", amigo de Bruno, todos presos pelo sumiço de Eliza Samudio, ex-amante do atleta. Zezé também estaria por trás de ameaças contra o preso Jaílson Alves de Oliveira, que denunciou um suposto esquema montado por "Bola" para executar autoridades envolvidas na investigação.
Entenda o caso   O ex-goleiro Bruno, que seria amante de Eliza Samudio, é acusado de encomendar a morte da modelo. O atleta, o amigo dele, Luiz Henrique Ferreira Romão, o "Macarrão", o primo Sérgio Rosa Sales - que foi assassinado nessa quarta-feira (22) - e Marcos Aparecido dos Santos, o "Bola", respondem aos crimes de homicídio triplamente qualificado, sequestro, cárcere privado e ocultação de cadáver.   Dayanne Rodrigues do Carmo Souza, na época mulher do atleta; Wemerson Marques de Souza, o "Coxinha"; Elenílson Vítor da Silva, e Fernanda Gomes de Castro, ex-namorada do jogador, respondem pelos crimes de sequestro e cárcere privado. O julgamento que definirá o futuro dos acusados não tem previsão de ocorrer.   Eliza Samudio está desaparecida desde o dia 4 de junho de 2010, quando fez um último contato telefônico com uma amiga. Segundo a polícia, ela foi morta e teve seu corpo esquartejado. No entanto, os restos mortais da ex-modelo não foram localizados até hoje.  

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