Ex-policial é condenado a 39 anos de prisão por envolvimento em morte de empresários no Sion

Danilo Emerich - Hoje em Dia
17/06/2015 às 15:46.
Atualizado em 17/11/2021 às 00:31

O ex-cabo da Polícia Militar André Luiz Bartolomeu foi condenado na tarde desta quarta-feira (17) a 39 anos de prisão, pelo envolvimento do sequestro, extorsão e assassinato dos empresários Rayder Rodrigues, de 39 anos, e Fabiano Ferreira Moura, de 36 anos, no bairro Sion, na Zona Sul de Belo Horizonte. A dupla foi assassinada em um apartamento do bairro Sion, região Centro-Sul de Belo Horizonte, em abril de 2010.   O julgamento foi iniciado às 9h e encerrado por volta das 13h. As dez testemunhas arroladas foram dispensadas. A sessão é presidida pelo juiz Leonardo Machado Cardoso do 2º Tribunal do Júri.   Bartolomeu só não foi julgado crimes de sequestro e uma de extorsão e condenado em toda as outras acusações, sendo homicídio qualificado, cárcere privado, destruição e ocultação de cadáver e também formação de quadrilha.   Entenda o caso   Segundo a denúncia do Ministério Público, os empresários assassinados, Rayder Rodrigues, de 39 anos, e Fabiano Ferreira Moura, de 36 anos, estavam envolvidos em estelionatos e atividades de contrabando de mercadorias importadas, mantendo em seus nomes várias contas bancárias, nas quais eram movimentadas grandes quantias em dinheiro.   A promotoria alega que o garçom Adrian Gabriel Grigorcea foi o responsável por atrair o genro, Rayder Rodrigues, de 39 anos, ao apartamento de Frederico Costa Flores Carvalho. Frederico é apontado como o líder do Bando da Degola. O dono do imóvel e dois ex-policiais militares, André Bartolomeu e Renato Mozer, amarram e torturam Rayder para conseguir informações sobre contas bancárias das lojas dele.   O sócio de Rayder, Fabiano Ferreira Moura, de 36 anos, também foi levado ao apartamento. Ambos foram assinados no local. As vítimas ainda tiveram os dedos e cabeças cortados, para dificultar a identificação. Os corpos foram jogados em uma estrada em Nova Lima, na Região Metropolitana de BH.   No dia seguinte, de acordo com o MP, os réus se reuniram para limpar a cena do crime e realizar um churrasco no apartamento.    Condenações   Gabriela agora é a sexta envolvida nos homicídios que foram condenados. O líder do bando, Frederico Flores, foi julgado em setembro de 2013 e sentenciado a 23 anos de reclusão por homicídio qualificado, sequestro e cárcere privado, extorsão, destruição e ocultação de cadáveres e formação de quadrilha.    O ex-policial militar Renato Mozer e o estudante Arlindo Soares Lobo também já foram condenados a penas de 59 e 44 anos de prisão, respectivamente. O garçom norte-americano Adrian Gabriel Grigorcea foi condenado, em 14 de julho de 2014, a 30 anos de prisão por dois homicídios triplamente qualificados e formação de quadrilha.    O pastor Sidney Eduardo Benjamim foi julgado em setembro do ano passado e sentenciado a três anos de reclusão em regime aberto. A médica Gabriela Corrêa Ferreira da Costa, de 31 anos, foi condenada a 46 anos de prisão em regime fechado, mas recorreu em liberdade.    O advogado Luiz Astolfo Sales Bueno é o único que ainda falta a ser julgado, o que ainda não tem data para acontecer, já que recorreu ao STF.   Demissão   A médica Gabriela Corrêa da Costa foi demitida de um hospital em Maricá, no Rio de Janeiro, onde trabalhava, em função do envolvimento no caso da morte dos empresários. Gabriela atuava há um mês no Hospital Municipal Conde Modesto Leal. A Prefeitura informou que fez a exoneração quando tomou conhecimento das condenações da mulher, mas que os registros profissionais (CRM) dela são válidos.

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