Família e amigos comemoram com foguetório condenações da Chacina de Unaí

Alessandra Mendes - Hoje em Dia
30/10/2015 às 23:48.
Atualizado em 17/11/2021 às 02:17
 (Luiz Costa/Hoje em Dia)

(Luiz Costa/Hoje em Dia)

A condenação dos réus do caso conhecido como Chacina de Unaí foi comemorada por familiares, amigos e fiscais do trabalho que acompanharam o julgamento na Justiça Federal. Com gritos de justiça e até foguetório, o grupo celebrou o resultado do julgamento esperado há quase 12 anos.

"Esta foi mais uma batalha que conseguimos vencer. Claro que o ideal seria que eles tivessem saído presos, mas vamos brigar por isso também. De qualquer forma, estamos aliviados", afirmou Elba Soares, viúva do fiscal Nelson José da Silva, uma das vítimas.

A procuradora federal, Miriam Lima, também comemorou a decisão do conselho de sentença que deve ser usada como subsídio para o próximo júri do caso. "A gente estava esperando esse resultado desde a morte dos fiscais. Agora é trabalhar para o próximo sabendo que as provas são robustas", ressaltou.

Os advogados do fazendeiro Norberto Mânica e do produtor rural José Alberto de Castro, condenados pelas mortes de quatro servidores do Ministério do Trabalho e Emprego, vão recorrer da decisão. Norbeto, que teve a pena fixada em 100 anos (25 por cada homicídio), terá que cumprir 98 anos e 6 meses, já que ficou preso por mais de um ano. Já José Alberto terá que cumprir 96 anos e 5 meses, já subtraído o tempo em que também esteve preso.

Assista como foi a reação das famílias e dos amigos:

"A briga jurídica começa hoje. Já recorremos da decisão e vamos apresentar nossos argumentos", disse o advogado de Norberto, Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay.

Segundo o defensor, Norberto ficou perplexo com a sentença, já que estava confiante em um resultado favorável, principalmente após a fase de debates.

A defesa se José Alberto de Castro também anunciou que vai recorrer da sentença. "O júri é soberano e a defesa não vai criticar a decisão, mas vamos entrar com recurso e sustentar nulidades do processo", alegou Cleber Lopes.

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