“A violência não é uma coisa normal para nós”. A mensagem é do professor Jenner Reis, de 48 anos, um dos moradores do bairro Castelo, na região da Pampulha de Belo Horizonte. Assim como ele, centenas de pessoas devem se reunir, na praça Pedro Caram Zuquim, neste sábado, às 14h, para uma passeata em prol de mais segurança no bairro. Aproximadamente 500 pessoas já confirmaram a participação no ato por meio de uma comunidade da rede social Facebook.   De acordo com o professor, a passeata é também uma homenagem a Dorgival Modesto Jorge,  de 90 anos. Ele era o líder da “Rede de Vizinhos Protegidos” do bairro e faleceu nessa quinta-feira (25). “Vamos mostrar que o trabalho dele continua sendo desenvolvido por nós. Continuamos unidos e mobilizados para cobrar do Poder Público mais segurança no Castelo”, afirmou Reis.   Um dos crimes mais recorrentes na região, contou o professor, é o assalto à mão armada a pedestres. “Muitos motoqueiros chegam, rendem o pedestre e fazem o assalto. Também é recorrente aparecer pessoas que se dizem funcionários de empresas e que entram nas residências para roubar”.    Atualmente, cerca de 2 mil pessoas fazem parte da “rede” do bairro. Conforme explicou Reis, em cada rua, há um líder responsável por articular as atividades. “Toda vez que ocorre um crime, enviamos uma mensagem via Whatsapp e Facebook. O objetivo é deixar todos em alerta”, informou.   A passeata será pacífica e deverá ter o apoio da Polícia Militar (PM). “A criminalidade está em todo lugar, mas não achamos isso normal e não aceitamos que continue dessa forma no Castelo. Nós montamos essa rede justamente com o intuito de ajudar a polícia a combater o crime, mas a força da PM é limitada e não temos a sensação de segurança por aqui”, afirmou o professor.   A passeata partirá da praça Pedro Caram Zuquim e passará pelas avenidas Altamiro Avelino Soares, Miguel Perrela e Tancredo Neves.  

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