Minas decreta emergência em 94 municípios por febre amarela

Da Redação (*)
20/01/2018 às 09:32.
Atualizado em 03/11/2021 às 00:52
 (Agência Brasil/Reprodução)

(Agência Brasil/Reprodução)

O governo de Minas Gerais decretou neste sábado (20) situação de emergência de saúde pública em três regionais do Estado por seis meses por causa da febre amarela. A medida abrange as unidades regionais de saúde dos municípios de Belo Horizonte, Itabira e Ponte Nova – 94 cidades no total.

O decreto assinado pelo governador Fernando Pimentel autoriza a adoção de medidas administrativas necessárias à contenção do surto, em especial a aquisição pública de insumos e materiais. Além disso, a medida assegura a contratação de serviços necessários ao atendimento da situação emergencial.

Casos

Com o segundo período de monitoramento epidemiológico dos casos de febre amarela em Minas Gerais, de julho do ano passado até o início deste ano, foram confirmados no estado 22 casos da doença. Segundo a Secretaria de Estado da Saúde, destes, 15 evoluíram para óbito. Nesse período, foram descartados 40 casos suspeitos, e há 46 casos em investigação em 24 municípios.

Atualmente, a cobertura vacinal acumulada de febre amarela no estado de Minas Gerais está em torno de 82%. De acordo com informe epidemiológico divulgado na quarta-feira (17), estima-se que haja no estado pouco mais de 3 milhões de pessoas que ainda não foram vacinadas, especialmente na faixa etária de 15 a 59 anos, que também foi a mais acometida pela epidemia de febre amarela silvestre ocorrida em 2017.

Emergência na capital 

A Prefeitura de Belo Horizonte emitiu nota, na tarde deste sábado, apoiando a iniciativa do governo de Minas após a publicação do decreto. Confira abaixo a nota na íntegra. 

"A Prefeitura de Belo Horizonte apoia a iniciativa do Governo do Estado em publicar o decreto 31 de 19 de janeiro 2018, que declara a situação de emergência em saúde pública regional na área de abrangência das unidades regionais de saúde de Belo Horizonte, Itabira e Ponte Nova,  em razão do surto de doenças infecciosas virais (casos prováveis de febre amarela). 

A Prefeitura reitera que mantém o trabalho intenso de prevenção à febre amarela reforçando as ações de cobertura vacinal, aliada às medidas de controle de zoonoses. As equipes  de zoonoses realizam vistorias mais detalhadas e aplicação de inseticidas em bairros onde há registro de pessoas com suspeita  da febre amarela, mesmo que o local provável da infecção seja em região de mata de outro município. A mesma ação é realizada nos locais onde  são encontrados macacos mortos. Importante destacar que em ambas as situações também é feita   verificação da situação vacinal da população que mora próximo à ocorrência. 

A vacina, disponível em todos os Centros de Saúde de Belo Horizonte, é a principal forma de proteção contra a febre amarela e faz parte do calendário vacinal de rotina, sendo encontrada durante todo o ano nos 152 centros de saúde da capital. A Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte não mudou a forma de vacinação mantendo a dose padrão, sendo que uma vez imunizado o cidadão está protegido para a vida toda.

Somente em janeiro deste ano a cobertura vacinal foi ampliada de 83% para 86%. Segundo levantamento da SMSA, até o dia 19 de janeiro, cerca de 39 mil pessoas foram imunizadas em Belo Horizonte (38.919 doses aplicadas). Não há registro de transmissão da doença na capital e não há registro da doença em áreas urbanas, no Brasil, desde 1942". 

(*) Com Agência Brasil

Compartilhar
Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por