Ferrovia Vitória a Minas é liberada após fim de manifestação indígena

Hoje em Dia*
10/12/2014 às 21:31.
Atualizado em 18/11/2021 às 05:20
 (José Luiz Ramos)

(José Luiz Ramos)

A interdição da Estrada de Ferro Vitória a Minas (EFVM), que durou mais de 24 horas, terminou na noite desta quarta-feira (10). Os índios Krenak, que ocupavam desde a tarde de terça-feira (9) um trecho da ferrovia em Resplendor, no Vale do Rio Doce, aceitaram a liberação dos trilhos.   Segundo a Vale, que opera a ferrovia, a liberação ocorreu às 18h e as atividades dos trens de carga e passageiros foram normalizadas.   Os indíos chegaram a impedir a saída da comunidade de um funcionária da Vale, que tinha ido ao local para negociar. Eles reivindicavam, entre outros itens, o repasse financeiro de R$ 3 milhões e a saída da equipe técnica da Vale que apoia a implementação do projeto de pecuária leiteira na aldeia.   Segundo a Vale, a empresa está em diálogo com as lideranças indígenas, mas destacou, em nota, “que o acordo em questão, é uma liberalidade e que a EFVM está fora da área de abrangência da Terra Indígena Krenak”.   Ainda na nota, a Vale informou que “reitera seu compromisso em se relacionar com o Povo Krenak de modo transparente e participativo, mantendo uma relação construtiva, respeitando suas características próprias e a legislação vigente. A empresa ratifica sua intenção de manter o canal de comunicação aberto com as comunidades, mas que repudia quaisquer manifestações violentas que coloquem em risco seus empregados, passageiros, suas operações e que firam o Estado Democrático de Direito e ratifica que obstruir ferrovia é crime”.   Pelo menos duas mil pessoas deixaram de ser transportadas pela interdição. Essa é a segunda vez em menos de uma semana que os índios bloqueiam a ferrovia. A primeira foi sábado (6), quando a manifestação durou cerca de sete horas. Os índios alegam que a mineradora vem descumprido acordos firmados entre as partes desde 2006, ano em que uma manifestação semelhante comprometeu o transporte de cargas e passageiros.   (* Com informações de Ana Lúcia Gonçalves - Hoje em Dia)

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