Fiscais interditam bares em shopping onde estudante foi morto há uma semana

Hoje em Dia
14/08/2015 às 13:08.
Atualizado em 17/11/2021 às 01:21
 (Reprodução/WhatsApp)

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Fiscais da Prefeitura de Belo Horizonte interditaram quatro bares que ficam próximos à PUC Minas, no bairro Coração Eucarístico, região Noroeste da capital. A iniciativa foi tomada após um universitário que participava de uma calourada na região ter sido assassinado, na última sexta-feira (7), com um tiro no rosto por ter esbarrado no autor do crime.   Conforme o gerente de fiscalização da regional noroeste, William Nogueira, oa estabelecimentos foram fechados, por tempo indeterminado, por violar o Código de Postura, uma vez que estariam colocando em risco a segurança dos frequentadores, o meio ambiente e provocando poluição sonora.   Moradores da região já haviam denunciado confusões nos locais. Além disso, conforme o gerente, os bares teriam descumprido acordo firmado anteriormente de não abrir as portas após às 22 horas durante o período letivo da universidade.   Os estabelecimentos permanecerão interditados até que haja reunião entre os proprietários, a Promotoria de Habitação, Urbanismo e Meio Ambiente e a prefeitura de BH. Enquanto isso, o bar que descumprir a ordem será multado em R$ 12 mil.   A Polícia Militar participou da ação.   Depoimento   O depoimento do homem suspeito de assassinar o universitário Daniel Adolpho de Melo Vianna, de 22 anos, foi marcado pelo silêncio. A oitiva foi realizada pela Polícia Civil na última quarta-feira (12), mas P.H.C.L., de 29 anos, não respondeu nenhum pergunta feita pelos delegados.   A estratégia já tinha sido anunciada pelo advogado do suspeito, deste o dia da prisão do homem. O jovem só deverá falar diante do juiz.   O crime   Daniel Adolpho de Melo Vianna foi morto por um disparo à queima-roupa na madrugada de 8 de agosto, quando participava de uma festa, em um bar no bairro Dom Cabral, região Noroeste de Belo Horizonte. Ele morreu no local.   Segundo o delegado Sidney Aleluia, da Central de Flagrantes da Polícia Civil (Ceflan), testemunhas relataram, em depoimento formal, que o jovem estava na fila do bar quando ocorreu o crime. "O suspeito teria esbarrado nele, olhado para trás e, na sequência, sacado um revólver e atirado no rosto dele, à queima-roupa", detalhou o delegado.    O suspeito do crime, P.H.C.L., de 29 anos, tentou fugir após o tiro, mas foi contido por outras pessoas na festa e preso em flagrante após a chegada da Polícia Militar. Durante a confusão, a arma teria sido entregue a um terceiro envolvido, ainda não identificado. O revólver não foi localizado.   P.H.C.L. foi enquadrado por homicídio duplamente qualificado (por motivo torpe e emprego de arma de fogo). O crime é considerado hediondo e tem pena prevista de 12 a 30 anos de prisão. "Ele também responderá por porte ilegal de arma e por efetuar disparo em via pública", completou o delegado. O suspeito tem passagem na polícia por porte ilegal de arma.   Daniel cursava o último período de Direito da Faculdade Pitágoras. Ele completaria 23 anos no fim de agosto.   Festa   A calourada acontecia no Bar do Rosa, tradicional ponto de encontro de estudantes da PUC Minas, na rua lateral ao campus Coração Eucarístico da universidade. Filho do proprietário, Gustavo Farias de Souza contou que a família adquiriu o bar há três anos e que problemas semelhantes nunca foram registrados no espaço.   O pró-reitor de Logística e Infraestrutura da PUC Minas, Rômulo Albertini, lamentou o episódio, mas ressaltou que a instituição não tinha envolvimento com a festa.   *Com informações de Gabriela Sales

 

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