Fiscalização cai pela metade no Anel Rodoviário

Celso Martins - Do Hoje em Dia
03/08/2012 às 14:13.
Atualizado em 22/11/2021 às 00:07
 (Frederico Haikal)

(Frederico Haikal)

Apesar de as mortes em acidentes serem frequentes no Anel Rodoviário de Belo Horizonte, o contingente da Polícia Militar Rodoviária (PMRv) responsável pela fiscalização da via caiu pela metade nos últimos dois anos. São 62 agentes escalados para os 26,5 quilômetros de extensão do Anel e 7 quilômetros da BR-356. Em 2009, o efetivo para ambos os trechos era de 120 militares.

Se todos os servidores fossem escalados para trabalhar na rodovia em um só dia, seriam 1,8 PM por quilômetro. Em 2009, o efetivo permitiria 3,6 policiais por quilômetro. Segundo o perito Bernardo Maciel, especialista em segurança no trânsito, o ideal seria a manutenção dos 120 homens, o que garantiria uma fiscalização mais rigorosa dos caminhoneiros que não respeitam os limites de velocidade.

No ano passado, 33 pessoas morreram em acidentes no Anel Rodoviário. Neste ano, são 18 vítimas desde janeiro. Após a tragédia do dia 12 de setembro de 2009, quando cinco pessoas morreram na via, o comando da PMRv enviou agentes de outros batalhões para reforçar a fiscalização.

O Hoje Em Dia teve acesso ao documento que atribui a redução de 50% no efetivo às aposentadorias e às transferências de efetivo para outros batalhões. Na última quarta-feira (1º), a Polícia Militar Rodoviária atendeu duas ocorrências na via envolvendo caminhões. Um deles perdeu o freio e um outro passou por cima de um motoqueiro, que morreu.

A assessoria de imprensa da PM informou não haver previsão de realização de concurso público para a ampliação do efetivo.
Atualmente, a região metropolitana conta com 191 homens para fiscalizar as rodovias estaduais e as federais delegadas, incluindo o Anel Rodoviário.

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