Força-tarefa na capital mineira poderá monitorar menor infrator

Alessandra Mendes - Hoje em Dia
21/05/2013 às 07:06.
Atualizado em 21/11/2021 às 03:51

Apesar das tentativas da polícia e da Justiça de combater a criminalidade na área hospitalar, a solução definitiva para o problema está distante de uma solução. Na sexta-feira, menores infratores que vivem na região foram apreendidos por meio de mandados de busca e apreensão, mas, no dia seguinte, inúmeros adolescentes já estavam de volta à Praça Hugo Werneck.

A fim de evitar que eles permaneçam na rua praticando delitos, deputados da Comissão de Segurança Pública da Assembleia Legislativa prometem pressionar o governo para a formação de uma força-tarefa.

Ainda nesta semana, técnicos da prefeitura, que já começaram um mapeamento sobre os adolescentes que vivem na área hospitalar, vão até o local para realizar intervenções voltadas à necessidade de cada um.

Também será discutida nesta terça-feira (21), em uma reunião do Conselho Comunitário de Segurança Pública (Consep), a revitalização da Praça Hugo Werneck por meio da união de esforços entre o governo e empresas da região.

Visita

Parlamentares, representantes da prefeitura, Ministério Público, poder Judiciário e Polícia Militar estiveram segunda-feira (20) na praça para conhecer de perto o problema que afeta comerciantes, moradores e quem circula diariamente pela região.

“A situação tem piorado nos últimos tempos com o crescimento do número de delitos. A PM faz a parte dela, mas a questão social é problemática. A prefeitura tem que fazer a sua parte”, afirmou o promotor da área de atos infracionais, Lucas Rolla.

A juíza da Vara da Infância e da Juventude de Belo Horizonte concorda: “Não existe políticas públicas voltadas para esse fim na cidade, senão a criminalidade envolvendo adolescentes não estaria nesse nível”, afirmou Valéria Rodrigues. “Não adianta prender e encaminhar para um tratamento, uma vez que esse serviço não está funcionando. É por isso que a praça continua cheia”, completou.

E não é preciso ir longe para confirmar a gravidade dos fatos. Morador da praça há seis anos, o adolescente S.G.J., de 16 anos, já foi apreendido três vezes e sempre volta para o local. Ele divide espaço com meninos mais novos, como D.F., de 12. “Me levaram na sexta e liberaram no sábado. Hoje a polícia teve aqui de novo e eu consegui fugir”, contou.

Para a prefeitura, o problema está além das ações municipais. “Temos 873 vagas em abrigos, técnicos que fazem abordagem, mas de nada adianta se esses menores não tiverem acesso às políticas básicas”, afirmou a gerente de projetos especiais da Secretaria Municipal de Políticas Sociais, Denise Magalhães.

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