Os gêmeos de 12 anos que teriam participado da agressão que culminou na morte de Kaique Lucas Antero, de 8 anos, em Caeté, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, devem ser responsabilizados pela Justiça por praticarem o ato. A Polícia Civil informou que o inquérito referente ao homicídio já foi finalizado e que eles foram indiciados por lesão corporal seguida de morte. Em depoimento à polícia, os gêmeos disseram que não tiveram a intenção de matar Kaique, que tudo não teria passado de uma "brincadeira" e que os socos teriam sido "mal dados". Após concederem as declarações, ambos foram liberados e aguardam o andamento do processo. Entenda o caso Em 9 de fevereiro deste ano, Kaique brincava de luta com dois amigos gêmeos, quando teria recebido diversas pancadas na cabeça. O menino chegou a dizer para a mãe que tinha se machucado tentando pegar cana no terreno de uma vizinha. No entanto, no dia 15, Kaique passou mal e sofreu convulsões. Atendido na Santa Casa de Caeté, ele foi medicado e liberado. Segundo o delegado do caso, Bruno Affonso, a vítima passou mal também no dia 16 e retornou para a unidade de saúde. Novamente com convulsões e já sem o movimento das pernas, Kaique contou para a irmã que havia apanhando durante uma brincadeira com os gêmeos e uma criança de 10 anos que não teria participado das agressões. A equipe da Santa Casa transferiu a criança para o Hospital São Camilo, em BH, onde passou por uma cirurgia para diminuir a pressão craniana. Em relato ao delegado, dois dos três garotos afirmaram que a ideia da “brincadeira” foi da vítima.