Governo estudará inseticida para combater a dengue em Minas

Danilo Emerich e Thaís Mota - Hoje em Dia
20/08/2013 às 15:22.
Atualizado em 20/11/2021 às 21:09
 (Ricardo Bastos)

(Ricardo Bastos)

Com o objetivo de combater a dengue em Minas Gerais, o governo do Estado anunciou nesta terça-feira (25) que realizará estudos sobre uma possível distribuição em massa de inseticidas à população. Segundo o secretário de Estado de Saúde, Antônio Jorge de Souza Marques, a proposta será avaliada em debates que serão realizados até o mês de dezembro com especialistas na área.   Ao longo deste ano, medida semelhante foi adotada pela Secretaria de Saúde com a distribuição de água sanitária para a população e o lançamento de uma campanha sobre o tema em março deste ano. Isso porque o produto atua como larvicida e evita a proliferação de larvas do mosquito Aedes aegypti. Segundo dados da SES, até o dia 9 de agosto foram confirmados 255.272 casos da doença e 102 mortes.    Entretanto, o secretário afirmou que a medida ainda precisa ser estudada já que existe a possibilidade de que, com a distribuição de inseticidas, a população se descuide com a água parada. “Porque não capacitar a população e entregar a ela o inseticida para aumentar a efetividade no combate ao vetor? Há a discussão se isso acomodaria as pessoas, em vez de não deixar água parada, para jogar o larvicida. É preciso estudar as possibilidades”, disse Marques.   Além da possibilidade de distribuição de inseticidas, o governo anunciou ainda a proposta de criação de um fundo na ordem de R$ 103 milhões. Entre as medidas previstas estão a contratação de mais quatro mil agentes de saúde, além de investimentos em unidades de hidratação, hospitais de campanha, Dengue Móvel, capacitação de agentes e campanhas de conscientização e mobilização social.   Epidemia   Neste ano, Minas Gerais enfrenta a pior epidemia de sua história. São 255.272 casos confirmados de dengue até 9 de agosto, número 31% maior do que o registrado em todo o ano de 2010, até então, o maior surto da doença no Estado. Já o número de mortes também deve ser recorde. Até agora, 102 pessoas em decorrência da doença contra 106 há três anos atrás.

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