Grande BH reduz consumo de água, mas governo oficializa restrição hídrica

Hoje em Dia (*)
02/03/2015 às 20:23.
Atualizado em 18/11/2021 às 06:12
 (Manoel Marques/Imprensa MG)

(Manoel Marques/Imprensa MG)

A população da Região Metropolitana de Belo Horizonte conseguiu reduzir o consumo de água em 10%, conforme mostrou um levantamento preliminar feito em fevereiro pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável e Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam). Apesar da constatação, o relatório apresentado nesta segunda-feira (2) oficializa a restrição hídrica na região. O documento é resultado do trabalho da força-tarefa criada para debater a falta de água no Estado.   "A redução de perdas está se aprofundando, a população tem ajudado. Esperamos, quem sabe, com otimismo, dobrar essa economia voluntária da população”, afirmou Helvécio Magalhães, secretário de Estado de Planejamento e Gestão e  coordenador da força-tarefa. Conforme a Copasa, o nível dos reservatórios que abastecem a Grande BH continuam baixos mesmo após fevereiro bater o recorde de volume de chuva dos últimos 11 anos. Além de chover mais, para amenizar a situação, o ideal, conforme anunciou a Copasa e o governo de Minas no início deste ano, é que todos reduzam o consumo de água em 30%.   “Com este relatório em mãos, teremos base para estudar quais alternativas e propor medidas de sobretaxa à Agência de Desenvolvimento da Região Metropolitana (Arsae-MG)”, destacou Magalhães. O material será analisado ao longo do mês até a formalização da sugestão a ser encaminhada à agência reguladora.     Plano Estadual   A força-tarefa também definiu que a Fundação João Pinheiro (FJP) será a responsável pela construção do inédito Plano Estadual de Saneamento. “O Estado não tem um plano estadual de saneamento, de manejo de nascentes, proteção de mananciais, perenização de cursos de água, de regulação efetiva das outorgas. Minas Gerais prescinde de um plano estadual de saneamento”, mostrou o documento.   A decisão foi tomada de forma solidária e firme por parte da nova direção da Fundação, que, conforme Magalhães, voltará a ter papel importante no planejamento do Estado. “Teremos uma pesquisa detalhada, de campo, em todo o Estado, para estabelecer medidas estruturantes de pequeno, médio e longo prazo”, completou.
(* Agência Minas)

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