Dois importantes corredores de tráfego de veículos em Belo Horizonte terão segurança reforçada no sistema de transporte público. Nesta segunda (16), Guardas Municipais começaram a fazer o monitoramento das viagens pelos coletivos que circulam nas avenidas Antônio Carlos e Nossa Senhora do Carmo.
Para diminuir a incidência de roubos, principalmente de celulares - cerca de 80% das ocorrências -, os agentes acompanham parte das viagens. “Através de análise estatística de dados, a Guarda Municipal montou uma estratégia de atuação, que visa estabelecer a redução da incidência de roubos e furtos dentro dos coletivos. A finalidade é garantir a segurança dos passageiros”, explica o comandante da Guarda Municipal, Rodrigo Prates.
Armados, os agentes fazem a abordagens de possíveis suspeitos, prendem e os conduzem à delegacia em caso de crime em flagrante. As ações serão sempre a noite, horário considerado pela Guarda Municipal de maior existência de crimes.
Os trechos escolhidos foram identificados através de estatística de registro de boletins de ocorrência. Segundo dados da Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds), no período e um ano e seis meses - janeiro de 2015 a junho de 2016 - foram registrados 358 casos de roubo no percurso ao longo da avenida Antônio Carlos e 225 ocorrências ao longo da avenida Nossa Senhora do Carmo.
Sempre em duplas e fardados, os agentes embarcam nos coletivos para acompanhar as viagens. “Não há uma linha específica para atuação. A escolha será aleatória e em horários em que há o registro de picos de ocorrências”, complementa o comandante.
Além do reforço presencial, os Guardas utilizam viaturas que fazem o patrulhamento preventivo e também a segurança à pé em determinados trechos.
Ao todo, a instituição será responsável pelo monitoramento de nove quilômetros de linha percorrida pelo transporte público da capital, distribuídas nas duas avenidas.
Migração
Apesar de atuação da Guarda Municipal ser em apenas duas grandes avenidas da capital, o comandante Rodrigo Prates garante que os trabalhos podem ser ampliados. “Isso vai depender da resposta que conseguiremos com a atuação deste novo sistema de combate à criminalidade e da necessidade de cada região”, reforça.