O verão chegou e, com os termômetros nas alturas, o convite para tomar uma cerveja é tentador. A boa notícia para quem não consegue negar um gole é que, embora seja considerada a vilã das dietas e tenha a reputação de “inchar” a barriga, a bebida traz benefícios à saúde, se consumida em doses moderadas. Mais especificamente, uma latinha por dia para mulheres e duas para homens, afirmam especialistas.   Por si só, o álcool é capaz de aumentar em até 4% a quantidade de HDL na corrente sanguínea, diz a nutricionista Vanessa Pimentel, de São Paulo. Conhecido como o bom colesterol, a lipoproteína capta o LDL – o mau colesterol – em excesso no sangue, encaminhando-o ao fígado, responsável por eliminá-lo de forma natural. O processo “limpa” as paredes das artérias e veias que estavam tomadas por LDL. Consequentemente, reduz o risco da pessoa enfrentar problemas cardiovasculares.   Estudos comprovaram que beber cerveja pode evitar o aparecimento de coágulos no sangue, proteger uma pessoa contra a formação de pedra na vesícula e, quem diria, prevenir a osteoporose, já que carrega quantidade relevante de cálcio em sua composição.    A lista de vantagens não para por aí. Segundo Vanessa, a cevada maltada e o lúpulo que compõem a bebida têm ação antioxidante. “Ou seja, um pouco de cerveja pode desacelerar o envelhecimento”.    Controle   Mas abusar da bebida não fará com que os benefícios sejam potencializados, alerta a nutricionista. Muito pelo contrário. Em excesso, poderá sobrecarregar o fígado e os rins, prejudicar o pulmão, irritar as mucosas do esôfago e do estômago, só para ficar em alguns exemplos.   Por isso, observa Vanessa, mesmo que o lado bom da cerveja seja conhecido, muitos profissionais preferem banir a bebida da dieta dos pacientes que, nem sempre, conseguem consumir com moderação.   As amigas Luciana Carceroni e Mariana Sofal, ambas de 40 anos, fazem parte desse grupo. Apreciadoras de cerveja, elas contam que preferem tomar um gole apenas nos fins de semana a regular a quantidade de cerveja diariamente.   “Eu gosto de beber quando estou com amigos, sentada em uma mesa de bar. Nessas horas, não dá para ficar em apenas uma latinha”, afirma Luciana. Mais controlada, a estudante Ana Carolina Deroma, de 19 anos, já tinha ouvido falar sobre os benefícios da cerveja. “No entanto, como também sei que ela traz prejuízos em altas doses, vez ou outra dou um gole, mas no dia a dia prefiro outras bebidas”.

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