Horário de verão chega e divide opiniões

Da Redação
horizontes@hojeemdia.com.br
14/10/2016 às 19:41.
Atualizado em 15/11/2021 às 21:14

O horário de verão começa amanhã e, por isso, a partir da meia-noite é preciso adiantar os relógios em uma hora. A mudança vai até 19 de fevereiro de 2017 e divide opiniões.

O engenheiro químico Frederico Alvim, de 28 anos, é um dos que gostam da mudança que faz com que o dia escureça mais tarde. Segundo ele, a principal vantagem é sair do trabalho e ainda ter um bom tempo de sol, o que dá mais ânimo para a prática de esportes, por exemplo. 

Apesar de afirmar que tem dificuldades para acordar cedo até no horário normal, o jovem confessa que a adaptação demora um pouco. “Para acordar não muda muito, é igualmente difícil, mas a sensação de sair de casa e ainda estar escuro é boa, porque dá a impressão de que sou uma pessoa esforçada”, brinca.

Já o estudante Matheus Lima, de 21 anos, afirma detestar o horário de verão, porque percebe alterações na disposição para estudar e trabalhar, já que fica mais cansado durante o dia. “Demoro demais para me adaptar e, quando acostumo, o horário acaba. Além disso, como as noites ficam mais quentes, tenho mais dificuldade para dormir”, justifica.

Dicas

Para amenizar os efeitos, Maurício Viotti, professor de psiquiatria da UFMG, dá algumas dicas que podem facilitar a adaptação ao novo horário. “Como a noção de dia e noite tem a ver com a luz ou falta dela, acender luzes fortes pode ajudar quem acorda muito cedo. E para facilitar o sono durante a noite, é bom manter o quarto mais escuro e evitar exercícios físicos nesse horário, priorizando a parte da manhã”.

No entanto, o médico do sono explica que, por mais que pareça difícil, o corpo naturalmente se ajusta ao novo horário e que esse período dura, para a maioria das pessoas, de três a cinco dias. Assim, reforça ele, quem acorda mais cedo começará a dormir também uma hora antes. 

O médico afirma, ainda, que é preciso redobrar a atenção, porque o cansaço e a irritabilidade causados pela mudança podem diminuir os níveis de concentração. Ainda de acordo com Viotti, a transição é mais difícil para as pessoas que já sofrem com insônia e para aquelas que não gostam do horário de verão. “Eslas podem ficar irritadas com a mudança e mais ansiosas. Assim, o período de adaptação pode ser mais longo”, esclarece.

Economia 
O objetivo principal da mudança é a redução do consumo durante o horário de pico, que vai de 18h às 21h. A Cemig estima que a economia no Estado seja de até 0,5%, ou 108 GWh, quantidade suficiente para abastecer Belo Horizonte durante nove dias.

Já o governo federal afirma que a economia pode chegar a R$ 147,5 milhões. No ano passado, o país economizou R$ 162 milhões.

Com Mariana Durães

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